No âmbito da jornada de protesto, que se segue a outras, recentes, os profissionais do sector da imprensa escrita decidiram cessar funções durante 24 horas nas redacções de periódicos e portais digitais.
«Com salários de fome, não há jornalismo nem direito à informação», «Precisamos de salários acima da linha da pobreza» ou «Os trabalhadores da imprensa não podem esperar mais» foram algumas das frases que a federação sindical escreveu no Twitter (X) no contexto do dia de greve.
«A desvalorização da moeda em Dezembro último, com o consequente aumento vertiginoso da taxa de inflação, provocou uma perda brutal do poder de compra. Perante esta situação, o sector empresarial mantém uma posição contrária à actualização das tabelas salariais», denuncia a Fatpren num comunicado emitido no passado dia 5.
Os trabalhadores pronunciaram-se igualmente contra a decisão do governo de Milei de intervir em meios públicos como a Télam ou a Radio y Televisión Argentina, contra as tentativas de privatização, assim como contra a repressão exercida sobre trabalhadores da imprensa e outros manifestantes nas imediações do Congresso, que provocou dezenas de feridos.
O Sindicato de Imprensa de Buenos Aires (SiPreBa) também aderiu à convocatória de greve, denunciando os baixos salários praticados no sector e a perda de poder de compra, «enquanto as empresas multiplicam os seus lucros».
O secretário do SiPreBa, Francisco Rabini, disse que, com uma inflação superior a 20% e propostas de aumento salarial zero, «os salários se estão a liquefazer» e «não se pode viver dignamente».
«A deterioração das nossas condições de trabalho afecta o direito à informação da sociedade», referiu.
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