Num comunicado hoje emitido, o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros «lamenta o infeliz comunicado de imprensa» publicado esta quarta-feira pelo Serviço Europeu de Acção Externa, que «reflecte uma posição parcial acerca das condições em que o povo venezuelano irá eleger soberanamente a nova Assembleia Nacional, no próximo dia 6 de Dezembro».
Caracas rejeita a insistência da União Europeia (UE) em «não reconhecer os esforços realizados pelo Estado venezuelano», que «chegou a acordo sobre um amplo quadro de garantias com os diversos sectores políticos nacionais, com o objectivo de reforçar ainda mais a "ampla, segura e plural participação do sistema eleitoral"», segundo refere no texto.
«Perante o convite que lhe foi endereçado formalmente pelo Poder Eleitoral para se integrar no processo de observação, é lamentável que a UE responda com um conjunto de condições, com a pretensão de não reconhecer inclusive mandatos constitucionais taxativos», indica o governo da Venezuela.
«O amplo apoio prestado durante a recente visita de funcionários do Serviço Europeu de Acção Externa para levar a cabo uma agenda de alto nível com instituições e diversos actores políticos […] constituiu um sinal da disposição para o diálogo da parte do presidente da República, Nicolás Maduro», acrescenta.
As autoridades venezuelanas reafirmaram que as eleições legislativas terão lugar no próximo dia 6 de Dezembro, tendo reiterado que não admitirão qualquer tipo de ingerências ou tentativas de submissão a agentes externos.
«A Venezuela espera que a UE mantenha uma atitude consentânea com os princípios que regem Direito Internacional e se limite a cumprir um positivo e respeitoso papel de facilitação», lê-se ainda no comunicado.
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