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Venezuela irá defender a paz e a tranquilidade neste 10 de Janeiro

A poucos dias da tomada de posse de Maduro, o ministro venezuelano do Interior, Justiça e Paz descartou a possibilidade de que a «direita terrorista e fascista» altere a paz e a tranquilidade do país caribenho.

Diosdado Cabello Créditos / TeleSur

Numa conferência de imprensa em Caracas, esta segunda-feira, Diosdado Cabello abordou a situação nacional na ante-sala da tomada de posse de Nicolás Maduro como presidente eleito da Venezuela e avisou que quem pretender perturbar a tranquilidade e subverter a ordem será processado na Justiça.

Sobre os anunciados «planos desestabilizadores» da direita, Cabello disse que se trata dos mesmos de sempre, para tentar tomar o poder de assalto, «porque nunca lhes interessou outra coisa».

«Eles não têm plano eleitoral, mas de assalto ao poder, de violência; odeiam o nosso povo e estão ressentidos», frisou, citado pela Prensa Latina.

Neste contexto, o ministro venezuelano afirmou que, no próximo dia 10, o presidente eleito a 28 de Julho último tomará posse como Presidente da República na Assembleia Nacional, tal como estabelecido na Constituição.

Diosdado Cabello anunciou que, para a cerimónia da tomada de posse, está prevista a ida à Venezuela de representantes de mais de 100 países, entre chefes de Estado e de governo, tendo sublinhado que «nós temos de garantir a segurança dos convidados internacionais e em todo o território nacional».

Sobre as questões lançadas por certos sectores nas redes sociais relativas à presença militar e policial nas ruas do país, o ministro disse que os organismos de segurança estão mobilizados para garantir a paz e a tranquilidade que o povo quer, e que «ninguém fala de abuso».

Cabello disse que até à data foram detidos mais de 125 mercenários estrangeiros de uma dezena de países, financiados pelo narcotráfico e o paramilitarismo colombiano / PL

Neste contexto, referiu-se àqueles que «anunciaram planos» e que agora se lembram da polícia e dos militares, sublinhando que aquilo que esses pretendem é gerar «violência para atacar a sua própria gente» e depois «culpar a Revolução bolivariana».

O responsável político informou que até à data foram detidos mais de 125 mercenários estrangeiros de uma dezena de países, incluindo a Colômbia, a Ucrânia e Israel, pelo seu envolvimento em acções terroristas e de desestabilização.

Tais mercenários foram utilizados pela extrema-direita, disse, tendo denunciado que as verbas para os financiar provêm do narcotráfico e do paramilitarismo colombiano dos ex-presidentes Álvaro Uribe e Iván Duque, juntamente com a dirigente da extrema-direita venezuelana, María Corina Machado.

Sobre o anúncio de ex-presidentes de alguns países de que vão viajar até à Venezuela na próxima sexta-feira, Cabello disse que se trata de pessoas muito desprestigiadas e «na grande maioria com processos por factos de corrupção ou ligações ao narcotráfico».

«A sua presença aqui indica uma acção de invasão, e serão detidos e colocados à disposição da Justiça», afirmou, sublinhando que se trata de pessoas não convidadas e que não lhes cabe decidir sobre os assuntos internos da Venezuela.

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