O acordo foi anunciado no Palácio de Miraflores pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que esta quinta-feira liderou uma reunião de trabalho com representantes da China, no âmbito do reforço das relações comerciais em áreas estratégicas entre ambos os países, informa a TeleSur.
«A Venezuela tem objectivos muito claros no campo económico e deve articular um modelo tecnológico que permita a expansão produtiva, com vista ao desenvolvimento do país», declarou o chefe de Estado, que anunciou a inauguração de uma fábrica no Complexo Industrial José Antonio Anzoátegui, a cargo da empresa mista Sinovensa, criada pela Petróleos de Venezuela (PDVSA) e a Corporação Nacional Petróleos da China (CNPC).
Ambos os países «trabalham pela prosperidade da humanidade», sublinhou Nicolás Maduro, acrescentando que China e Venezuela partilham projectos de futuro através de uma linha de cooperação e que tal irá contribuir para a «expansão da indústria petrolífera e da prosperidade económica» do país sul-americano.
Supremo Tribunal de Justiça repudia bloqueio imposto pelos EUA
Numa nota de imprensa emitida esta quinta-feira, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela «rejeita de forma categórica a política de agressão sistemática, de bloqueio e de congelamento da totalidade dos bens da República Bolivariana da Venezuela, por parte do imperialismo norte-americano, contra o povo venezuelano», sublinhando que tal política visa apenas «reprimir a democracia venezuelana e transformar a sociedade e as suas instituições em apêndices da administração dos EUA».
Neste sentido, «a Justiça venezuelana estará atenta e castigará com severidade qualquer tentativa de apoiar sectores que tenham como propósito limitar as necessidades básicas do nosso povo», lê-se no texto, citado pela AVN, no qual se destaca que «o STJ e os tribunais competentes do país continuarão a garantir os direitos do povo venezuelano e punirão qualquer tentativa de minar a soberania» do país.
Venezuela enviará manifesto à ONU para se pronunciar contra o bloqueio
Comunas, centros estudantis e os mais variados sectores da população venezuelana preparam-se para participar, amanhã, numa jornada mundial de repúdio ao bloqueio dos Estados Unidos contra o país caribenho.
Ontem, o presidente da República informou que a Venezuela enviará um manifesto à Organização das Nações Unidas, dirigido ao seu secretário-geral, António Guterres, instando-o a pronunciar-se contra as mais recentes medidas impostas pela administração dos EUA. Antes, o folheto será assinado por milhões de pessoas, como forma de protesto contra o imperialismo norte-americano.
Recorde-se que, na passada terça-feira, a Casa Branca confirmou que o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para bloquear todos os bens e interesses que sejam propriedade do governo da Venezuela e estejam sob a jurisdição dos Estados Unidos.
A medida também autoriza o Secretário do Tesouro a «impor sanções a pessoas que prestem apoio» ao executivo de Nicolás Maduro, que Washington qualifica como de «ilegítimo» e «usurpador», depois de ter sido reeleito, em Maio de 2018, com 68% dos votos.
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