À semelhança da maternidade de Beja, que tem sido alvo de encerramentos periódicos, também a maternidade de Portimão esteve encerrada entre os dias 9 e 11 de Junho por falta de médicos.
A Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Portimão, «habituada a este tipo de manobras por parte de quem quer destruir» o serviço público, apela à luta das populações para dissuadir quem tem o poder de as concretizar. Até porque, regista num comunicado, «o Algarve não pode ficar reduzido a uma maternidade no Hospital de Faro para meio milhão de habitantes».
Para ilustrar o que significaria na prática, dá o exemplo dos utentes de Aljezur e de Vila do Bispo, que ficariam a duas horas de distância, «com os riscos e os custos que tal medida comportaria».
Os utentes denunciam que «não se pretende resolver problemas do SNS, nem melhorar a qualidade da saúde das populações», mas antes entregar aos privados «negócios milionários». Se assim não fosse, aclaram, «os critérios que levaram ao encerramento de serviços públicos seriam igualmente aplicados aos privados» e isso, sublinham, «não acontece».
A Comissão de Utentes do SNS de Portimão alerta para a falta de mais de 600 médicos, enfermeiros e auxiliares na região do Algarve, bem como para os problemas «que persistem» no Hospital de Portimão, designadamente a falta de equipamentos e de materiais indispensáveis a diagnósticos e tratamentos médicos. «Falta quase tudo», critica.
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