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Utentes exigem respostas do Governo perante degradação do Hospital de Faro

A Comissão de Utentes do SNS, no Algarve, vai realizar uma concentração este sábado, 24 de Março, em frente ao Hospital de Faro, para denunciar a degradação do serviço público e exigir do Governo «as respostas que tardam». 

Insatisfeitos com esta realidade, os utentes do Hospital de Faro não abdicam de reivindicar os seus direitos
Créditos / Sul Informação

Segundo a Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Faro, a concentração agendada para amanhã, pelas 15h30, visa chamar a atenção para os «muitos problemas» que afectam esta unidade de saúde e exigir uma resposta do Governo face aos «problemas identificados».

Os utentes sublinham num comunicado que a região do Algarve tem sido «muito afectada pela degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS)», considerando que a criação do Centro Hospitalar Universitário do Algarve não veio melhorar «em nada» a situação dos hospitais regionais.

A comissão de utentes refere mesmo que, em relação ao Hospital de Faro, «com os muitos problemas que tinha, estes não só não se resolveram, como se agravaram».

«Os cuidados públicos de saúde têm piorado em quantidade e qualidade, e com isso foram criadas condições para uma gradual transferência dos cuidados de saúde para os grandes grupos privados que operam no sector, e que sobrevivem à custa dos bolsos dos doentes e dos recursos públicos que são desviados do SNS», lê-se no texto.

Para os utentes, tal como são visíveis os sinais de degradação, nomeadamente com a «falta de condições de trabalho e atendimento, no hospital e nos centros de saúde de Faro, os atrasos nas consultas e cirurgias, e a gritante falta de médicos, enfermeiros e auxiliares, que tardam em ser contratados», também são claros os motivos que desencadearam a situação.  

«A política de desinvestimento público, de encerramentos de serviços, de fusão e concentração de unidades hospitalares, de encerramentos e concentração de extensões dos centros de saúde, de racionamento de meios, de manutenção das taxas moderadoras, de corte nos transportes de doentes não urgentes, são, entre outras, marcas do ataque verificado ao longo de anos ao SNS», referem.

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