A última aparição conhecida do lobo ibérico em Castelo Branco remonta a Outubro de 2004, quando foi encontrado um jovem macho, morto por envenenamento, no concelho de Idanha-a-Nova, indicou à agência Lusa, Samuel Infante, membro da associação ambientalista Quercus.
A «caça, envenenamento e redução do seu habitat» foram as principais causas para o desaparecimento, nesta zona, de um dos principais predadores da Península Ibérica. Um estudo divulgado em 2013 estimava que a população de lobos em Portugal fosse inferior a 300 indivíduos.
Ao longo dos últimos anos foram aplicadas um conjunto de medidas com vista ao ressurgimento da espécie, que vem beneficiando da cada vez mais baixa densidade demográfica e da contínua desertificação do mundo rural, e ao regresso à região de espécies como o corço, o veado e o javali, presas naturais do lobo.
Quaisquer perdas causadas a um rebanho, em consequência de um ataque perpetrado pelo lobo ibérico são, há várias décadas, alvo de um reembolso por parte do Estado Português. Os proprietários devem, nessa situação, reportá-lo de imediato às autoridades, de forma a ser possível comprovar que este se tratou de um ataque desta espécie.
O lobo ibérico junta-se a um número de outras espécies que regressaram recentemente à região, como o abutre-preto, a águia-imperial, o grifo, o corço e o esquilo. Ainda não se conhecem as origens dos indivíduos avistados recentemente.
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