Na conferência de imprensa de apresentação da iniciativa, ontem, no portuense Café Ceuta, o Movimento Direito à Cidade deu a saber que, em média, cinco famílias são diariamente despejadas.
Esta fase «socialmente dramática» não deixa de fora os jovens e os estudantes deslocados, que não conseguem arranjar casa ou quarto graças às rendas «altamente inflaccionadas».
O movimento acrescenta que «não é possível viver numa cidade a pagar rendas de 650 euros, onde o salário médio é de 630». Certo de que «é preciso alterar esta situação urgentemente», exige a revogação da lei das rendas que ficou conhecida como «lei Cristas» e que, insiste o movimento, «é uma autêntica lei dos despejos».
A par de mais fiscalização nos processos de arrendamento, os activistas exigem mais habitação pública, em qualidade e quantidade, e que o Estado se responsabilize por cumprir o direito à habitação para todos, conforme estipula a Constituição da República.
Defendem ainda a suspensão do licenciamento de novas unidades hoteleiras e de alojamento local, a par da adopção de medidas capazes de travar e combater a especulação imobiliária na cidade.
O ponto de encontro da marcha agendada para o dia 20 de Julho é no Jardim das Virtudes, pelas 18h30.
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