A Biblioteca Municipal da Póvoa de Santa Iria acolhe a iniciativa, entre as 10h e as 12h30 de amanhã, onde serão apresentadas «evidências dos efeitos dos ruídos de baixa frequência sobre a saúde». A escolha do local não foi por acaso. Em 2024, recorda a plataforma num comunicado, a Navegação Aérea de Portugal (NAV) «introduziu um novo sistema de optimização das rotas de aterragem no aeroporto que permitiu aumentar a capacidade do "lado ar", levando o ruído e poluição a zonas da Área Metropolitana de Lisboa que até recentemente eram pouco afectadas, como a Póvoa de Santa Iria».
São 388 mil, as pessoas dos concelhos de Lisboa, Almada, Loures e Vila Franca de Xira que sofrem com a manutenção do Aeroporto Humberto Delgado, na capital. A par da apresentação dos efeitos nefastos para a saúde e o bem-estar, e que, sublinha a plataforma, «não se resolvem colocando janelas com isolamento acústico», na sessão deste sábado, aberta à população, haverá «testemunhos pessoais sobre o que significa conviver com o ruído e poluição dos aviões que sobrevoam os concelhos de Loures e Vila Franca de Xira», seguindo-se um debate.
Esta é a quarta sessão de esclarecimento que a Plataforma «Aeroporto Fora, Lisboa Melhora» promove desde 2022. Em Novembro do ano passado, realizou uma manifestação à porta do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, para exigir o fim dos voos nocturnos, a urgente construção do novo aeroporto de Lisboa e o encerramento da Portela, apelando a que, neste lugar, surja «um novo pulmão verde para usufruto de todos».
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