A votação estavam projectos de resolução do BE, pela reversão da unidade hospitalar para a gestão pública, e do PCP, que além desta recomendava a integração no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Recorde-se que durante o ano passado, e também este ano, a administração do hospital decidiu, unilateralmente, pelo encerramento do serviço de urgência. Motivo que levou os deputados comunistas a realçar que a Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS) «está claramente a violar os deveres a que está obrigada», sublinhando que existe uma «clara perda de qualidade do serviço prestado e redução do acesso aos cuidados de saúde a que a população tem direito».
Para o PCP, «só a gestão pública dos hospitais integrados no SNS cumpre os princípios constitucionais, nomeadamente a universalidade e a qualidade dos cuidados de saúde, independentemente das condições sociais e económicas dos utentes». Neste sentido, apelava a que o Governo revogasse o acordo de cooperação com a Misericórdia de Serpa e revertesse o o Hospital de São Paulo para a gestão pública, garantindo os meios financeiros e recursos humanos adequados para o seu «correcto funcionamento».
O BE defendia que a SCMS «deveria garantir, entre outras coisas, o funcionamento de um serviço de urgência básico 24 horas por dia» e que, «como aconteceu noutros casos em que hospitais do SNS foram entregues a entidades semelhantes, os serviços e a assistência prestada ficaram muito aquém das necessidades da população»
Ambos os diplomas foram chumbados com os votos contra do PS, PSD, CDS-PP, CH e IL.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui