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Seixal rejeita novo encerramento da CGD

A Câmara do Seixal contesta a intenção de encerrar a agência da Caixa Geral de Depósitos em Corroios, com cerca de 50 mil habitantes e um número significativo de pessoas com dificuldades de mobilidade. 

Créditos / Junta de Freguesia de Corroios

Perante o anúncio da Caixa Geral de Depósitos (CGD), de novo fecho de balcões em todo o País, a Câmara Municipal do Seixal, que viu encerrar a agência de Fernão Ferro, em 2018, rejeita a intenção, assumindo em comunicado não haver «razões válidas» que «recomendem ou justifiquem» cortar com este serviço de proximidade às populações. 

«A confirmar-se, será mais um passo no desmantelamento de um serviço público essencial às populações, que se vê cada vez mais privada do serviço público bancário de proximidade», lê-se na nota.

A autarquia regista ainda que os balcões da CGD «constituem âncoras de desenvolvimento do território» e que o seu encerramento fere princípios constitucionais, como o da igualdade dos cidadãos, independentemente do local onde vivem.

Para o meio-dia desta sexta-feira está marcada uma acção de protesto dos utentes e demais entidades e instituições da freguesia de Corroios, junto à agência da Caixa, contra todos os encerramentos anunciados. Solidária com a iniciativa, a Câmara do Seixal informa que já solicitou reuniões ao Governo e à administração do banco público.

O município considera que o lucro de 486 milhões de euros apresentado pela CGD no primeiro semestre «torna impossível compreender esta lógica gestionária», a não ser «pela maximização do lucro para benefício da estrutura accionista, independentemente do brutal impacto social da medida».

Adianta que, em vez de satisfazer necessidades sociais e estratégicas do País, e apoiar a dinamização económica de toda a sociedade, a administração da CGD está apostada em «reduzir despesas e desvalorizar a sua capacidade enquanto banco público», em benefício de instituições privadas.

Se o encerramento da agência de Corroios se concretizar, o concelho do Seixal, com perto de 170 000 habitantes e 95 quilómetros quadrados de extensão territorial, ficará servido por apenas três balcões da CGD.

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