Amanhã, pelas 10h30, a Praça Sousa Prado («Jardim dos Patos»), em Odemira, vai acolher a acção de comemoração dos 45 anos de criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que é também de protesto contra a degradação da saúde pública.
Num concelho onde 25% dos utentes (cerca de 30 mil habitantes) não têm médico de família e com extensões de saúde encerradas, obrigando utentes a deslocações de cerca de 30 quilómetros, como acontece com a população da freguesia de Luzianes-Gare, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira reclama a valorização do SNS e dos seus profissionais de saúde. Isso mesmo será defendido por Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN), que participa na acção de amanhã.
Os utentes recordam num comunicado a degradação dos cuidados de saúde no Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, onde, além de tempos de espera que «na sua maioria ultrapassam em muito o limite legal», com cerca de 400 dias para uma cirurgia de urologia, não existe maternidade. As grávidas deste território têm, por isso, que recorrer ao Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, ou ao Hospital de São Bernardo, em Setúbal. No entanto, «muitas vezes estes serviços encontram-se encerrados, assim os bebés nesta Região nascem na berma da estrada», critica a comissão de utentes.
A Lei n.º 56/79, de 15 de Setembro, criou o Serviço Nacional de Saúde, no âmbito do Ministério dos Assuntos Sociais, enquanto instrumento do Estado para assegurar o direito à protecção da saúde, nos termos da Constituição. Com o diploma, conquista da Revolução de Abril, o acesso à saúde passou a ser garantido de forma gratuita a todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica e social.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui