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Utentes querem reunião urgente com ministra após declarações sobre Garcia de Orta

As comissões de utentes de Almada e do Seixal enviaram um pedido de reunião urgente à ministra da Saúde, que esta semana admitiu parceria com privado para reabrir urgência pediátrica do Garcia de Orta. 

O Hospital Garcia de Orta abrange os concelhos de Almada e do Seixal, com cerca de meio milhão de utentes
CréditosMário Cruz / Agência Lusa

Foi na passada terça-feira que a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou no Parlamento que está a ser equacionada uma parceria com uma empresa de prestação de serviços para que a urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta, encerrada no período nocturno por falta de médicos, reabra aos fins-de-semana, a partir de Abril.

«Estamos em articulação com uma entidade privada que permitirá garantir o funcionamento todos os fins-de-semana no período nocturno. A urgência ficaria coberta de quinta a domingo», adiantou Marta Temido.

A informação prestada pela ministra na Comissão de Saúde do Parlamento causou «surpresa e preocupação» às comissões de utentes da saúde dos concelhos de Almada e do Seixal, que no fim do mês de Janeiro se reuniram com a governante. 


Na missiva enviada hoje a Marta Temido, a que o AbrilAbril teve acesso, denunciam que a solução avançada esta terça-feira nunca foi colocada nas reuniões que mantiveram e solicitam o agendamento urgente de novo encontro. 

Segundo informação recolhida pelos utentes no mês de Janeiro, a tutela previa avançar com a contratação directa de cinco pediatras para o Hospital Garcia de Orta, em Almada, em virtude de o concurso que foi aberto ter ficado vazio.

A expectativa, conforme relatou na altura o porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Concelho do Seixal, era a de, progressivamente, se irem preenchendo as vagas necessárias e os serviços reabrirem à medida que as contratações acontecessem.

Esta semana, a ministra da Saúde adiantou que a parceria com uma empresa privada é o mais «firme» para que a urgência pediátrica possa reabrir no período nocturno «o mais depressa possível», admitindo no entanto que a «solução permanente» só passará pela contratação de mais cinco especialistas. 

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