A crítica é da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), que fala do «diálogo institucional» como «um dever que a todos abrange, sem exceção, que mais se sublinha quando se trata de órgãos de soberania».
Segundo a AOFA, em termos de ganho médio mensal bruto, os oficiais das Forças Armadas auferem menos cerca de 425 euros que os oficiais da GNR e menos cerca de 350 euros que os oficiais da PSP. Num trabalho produzido a partir de dados oficiais da Direção-Geral da Administração e Emprego Público, a Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA) constata também que em termos de remuneração base média mensal bruta, os oficiais das Forças Armadas auferem menos cerca de 770 euros que os oficiais da GNR. A AOFA sublinha que os dados oficiais revelam «os colossais desvios que se verificam em todas as categorias, sempre com enormes diferenciais negativos para os militares das Forças Armadas, razão primária da exiguidade de efetivos que se verifica e consequente descontentamento e desmotivação generalizados nas Forças Armadas». Nesse sentido, a AOFA chama a atenção para a urgência da revisão do Estatuto Remuneratório dos Militares das Forças Armadas, considerando, por exemplo, que os diferenciais de ganho médio mensal dos militares em relação à GNR são cerca de menos 14% nos oficiais, 10% nos sargentos e 32% nas praças. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Nacional|
Vencimentos dos militares perdem competitividade
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Em comunicado, a AOFA lembra que «há cerca de 2340 dias que o actual Comandante Supremo das Forças Armadas e as Associações Profissionais Militares convivem e partilham o espaço público». No entanto, apesar dos muitos pedidos realizados, o Presidente da República (PR) «ainda não encontrou espaço na sua agenda para falar pessoalmente» com as APM, nomeadamente a AOFA.
Considerando que o PR já recebeu um «vasto número de entidades e personalidades», a AOFA assume «alguma dificuldade em compreender este comportamento», num momento em que os militares se sentem «tão louvados, quanto na verdade, maltratados, desconsiderados, manifestamente mal pagos e ostracizados do exercício pleno dos mais elementares direitos de cidadania».
O comunicado termina com um sublinhado: «a dureza da realidade não encontra conforto em retóricas de oportunidade».
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