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Banca mal parada

Não é com spreads e taxas de juro de 3 e 4%, nem com comissões bancárias que continuam a multiplicar-se e a reinventar-se, que se apoiam as empresas e ajuda a economia.

O Presidente da República esteve reunido com os presidentes dos principais bancos, no sentido de perceber melhor o que está a fazer a banca para apoiar as empresas e as famílias, neste período de crise causado pelo surto epidémico. No final, deixou a ideia de que o sector bancário nacional está atento à realidade das empresas e à situação das famílias, tendo-lhes garantido que, progressivamente, os apoios vão chegar.

A propósito desta reunião, Rui Rio, depois de ter falado em «lucro zero para a banca em 2020/2021», pediu coerência aos bancos e que estes passem das palavras aos actos, e não pensem em lucrar «empréstimo a empréstimo».

Também o PCP reagiu à reunião, não partilhando da «avaliação que o Presidente da República transmitiu ao País», na sequência do encontro com os banqueiros, sublinhando que a «realidade que está no terreno, seja junto das famílias, seja junto de milhares de micro, pequenas e médias empresas», não a confirma. Isto é, não será «com spreads e taxas de juro de 3% e 4%», nem com «comissões bancárias que continuam a multiplicar-se e a reinventar-se», que se «apoiam as empresas e ajuda a economia».

 Depois dos 20 mil milhões de euros de dinheiros públicos mobilizados para tapar os buracos provocados pela gestão danosa e fraudulenta na banca, os comunistas afirmam que «não basta impedir que sejam distribuídos dividendos à banca ou aos grupos económicos», considerando que a banca deve cumprir o seu papel no desenvolvimento da actividade económica sem obter «ganhos por via da intermediação dos apoios públicos» e dando prioridade  às «micro, pequenas e médias empresas e não aos grupos económicos».

O BE, por seu lado, também reclama a proibição da distribuição de dividendos e de bónus na banca.

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