Os cinco membros apoiados pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP-IN) subscreveram um requerimento, pedindo uma reunião para discutir a demissão do presidente do conselho directivo do instituto público de protecção dos trabalhadores da Administração Pública no acesso a cuidados de saúde.
Carlos Liberato Baptista foi envolvido em eventuais irregularidades enquanto administrador da Portugal Telecom – Associação de Cuidados de Saúde (PT-ACS), entre 1995 e 2009, identificadas no âmbito de uma auditoria ao sub-sistema de saúde dos trabalhadores do grupo PT.
Os representantes dos beneficiários, da Frente Comum e do MURPI querem que a actuação do presidente demissionário na gestão da ADSE seja alvo de uma auditoria e pedem ainda uma reunião urgente do Conselho Geral e de Supervisão com o ministro da Saúde.
Saúde privada quer continuar a alimentar-se do sub-sistema
Com a saída de Liberato Baptista, o conselho directivo da ADSE fica reduzido a um elemento, a vogal Sofia Lopes Portela, já que a nomeação de Eugénio Rosa para a direcção do instituto público ainda não foi concretizada, apesar de este ter sido eleito pelos representantes dos beneficiários.
De acordo com uma informação recente do economista aos beneficiários da ADSE, por trás dos atrasos estarão pressões por parte de representantes do sector privado da Saúde. Recorde-se que a ADSE é uma das principais fontes de receita dos maiores grupos de saúde privada do País.
Apesar de a eleição já ter ocorrido há mais de dois meses e meio, a sua nomeação está a ser avaliada pela CReSAP, um organismo encarregue de validar as nomeações para os dirigentes da Administração Pública e os gestores públicos – o que não é o caso.
Segundo o comunicado de Eugénio Rosa, as poupanças previstas com a nova tabela de pagamentos da ADSE, muito contestada pelo sector privado, terão passado de 44 milhões de euros para metade, depois de sofrer alterações.
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