Tudo se deve manter de acordo com o planeado, diz a Comissão Europeia em resposta à Antena1. O prazo para entregar o Novo Banco a privados termina em Agosto e, se não acontecer até lá, o caminho é a liquidação. Apesar de manter a dureza no discurso, a resposta de Bruxelas é agora matizada: a nacionalização de um banco de transição, como o Novo Banco, «depende dos casos», afirma a Comissão à rádio pública.
A discusão pública em torno do futuro da instituição criada após a falência do Banco Espírito Santo ganhou destaque na última semana, após Sérgio Monteiro recomendar a venda ao «fundo abutre» Lone Star. Pelo que se conhece, a proposta do fundo norte-americano implica uma perda de 1750 milhões de euros, descontando a garantia pública exigida de 2,5 mil milhões aos 750 milhões oferecidos pelo banco.
Um projecto de resolução do PCP a pedir o controlo público do Novo Banco será agendado proximamente na Assembleia da República. Nos últimos dias, vários deputados e dirigentes do PS vêm manifestando posições defendendo a nacionalização do banco.
Também o Governo tem defendido que, apesar de manter a intenção de vender a instituição financeira, não quer «ficar refém de soluções». Foi isso que repetiu hoje Mário Centeno, em entrevista à Reuters, tal como tinha dito em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF na semana passada.
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