A coordenadora do BE, Catarina Martins, manifestou hoje a certeza de que o seu partido alcançará «a força para ser parte de um Governo quando o povo quiser» e realçou que «os próximos tempos vão exigir muito mais», considerando ainda que a última legislatura ficou marcada por avanços mas também marcada por «desacordos» com o PS.
Sobre os avanços, a coordenadora do BE passou em revista várias das medidas conseguidas nesta legislatura, que estavam longe de corresponder ao programa do PS, realçando o papel de todos os partidos na solução política, como no plano da recuperação de rendimentos.
Num momento em que o Orçamento do Estado para 2019 está em plena fase de discussão na especialidade, na Assembleia da República, Catarina Martins voltou a destacar ainda alguns dos objectivos do seu partido, como o combate às rendas do sector energético ou a introdução da chamada «taxa Robles» sobre a especulação imobiliária.
Afirmando que no BE «gostamos de contratos escritos», referindo-se a «desacordos» com o PS, Catarina Martins realçou alguns momentos difíceis nesta legislatura». Nomeadamente, «negociações prejudicadas por interesses económicos ilegítimos, houve desacordos sobre acordos», especificando com o caso da redução da TSU para os patrões e o caso mais recente em que uma medida acordada entre ambas as partes (Taxa Robles) foi recusada e criticada no dia seguinte por António Costa.
Para a próxima legislatura, a coordenadora do BE destacou um total de cinco áreas de intervenção futura: Serviço Nacional de Saúde; Reforço do Estado Social; Ambiente; Energia e Banca; Criação de uma entidade reguladora da transparência.
No plano internacional, depois do anúncio de ontem que Marisa Matias vai encabeçar a candidatura ao parlamento europeu, a coordenadora do BE reiterou que a União Europeia está em crise, realçando o crescimento da extrema-direita pela Europa. Todavia, enquanto que as ameaças passadas de sanções a Portugal foram rechaçadas, o apoio do BE a futuras sanções sobre outros estados-membro foi omitido.
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