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Cofaco: PCP quer minimizar impacto social e económico na ilha do Pico

O PCP apresentou um programa especial de apoio social para a ilha do Pico com o objectivo de minimizar o impacto que o despedimento colectivo na conserveira Cofaco vai provocar naquela ilha dos Açores.  

A fábrica da Cofaco, na ilha do Pico, empregava 162 trabalhadores, na sua maioria mulheres
CréditosEduardo Costa / Agência Lusa

A laborar no concelho da Madalena desde a década de 60 do século passado, a conserveira Cofaco, produtora das conservas «Bom Petisco», «influenciou decisivamente o desenvolvimento da ilha do Pico e tem tido um papel fundamental ao longo destes anos, quer a nível social, quer a nível económico». 

O reconhecimento surge no preâmbulo do projecto de lei que o PCP apresentou no passado dia 21. Para os comunistas, a proposta tem como objectivo minimizar o impacto social e económico do despedimento colectivo e do desaparecimento de cerca de 300 postos de trabalho directos e indirectos, numa ilha onde não há mercado de trabalho capaz de absorver todos estes trabalhadores. 

«Esta intervenção é tanto mais urgente, uma vez que o despedimento colectivo na Cofaco do Pico significa uma perda de 4,3% na população activa da ilha e de mais de 8% no concelho da Madalena, sendo dados muito significativos numa ilha com 14 mil habitantes», lê-se no diploma.

Os comunistas defendem um regime especial e transitório de facilitação do acesso, majoração de valor e prolongamento da duração de apoios sociais nos três concelhos da ilha, entrando em vigor com o Orçamento do Estado para 2019 e até 1 de Janeiro de 2022.

Ao nível dos prazos de garantia para atribuição das prestações de desemprego [tempo de descontos que o trabalhador precisa de ter para poder beneficiar do subsídio de desemprego], advoga-se a redução para 180 e 90 dias [em vez dos actuais 450 e 180, respectivamente], defendendo em simultâneo uma majoração dos valores das prestações de desemprego de 20% e a duplicação do período de concessão destas prestações. 

O PCP defende ainda uma majoração do abono de família em 25% e do Rendimento Social de Inserção de 20%.

Foi no passado dia 9 de Janeiro que a Cofaco anunciou aos 162 trabalhadores, na maioria mulheres, que a fábrica do Pico iria encerrar. O AbrilAbril sabe que os trabalhadores ainda não começaram a receber as cartas de despedimento e que esperam por esse momento para decidirem sobre as formas de luta a travar. 

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