O alerta é lançado pelo Público, que denuncia que, numa reunião realizada ontem, entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e os directores de obstetrícia de quatro hospitais da região de Lisboa, foram discutidas soluções para fazer face à falta de pessoal nestes serviços, que se agrava no período de Verão em virtude do período de férias.
Os estabelecimentos visados pela medida em cima da mesa são a Maternidade Alfredo da Costa, o Hospital de Santa Maria, o Hospital São Francisco de Xavier e o Hospital Amadora-Sintra. Do fim de Julho ao início de Setembro propõe-se um esquema de encerramento rotativo das urgências de obstetrícia daquelas unidades.
A solução proposta visa adiar a questão decisiva do maior investimento necessário à contratação dos profissionais de saúde em falta, nomeadamente obstetras e anestesistas.
Ficam ainda por apurar os riscos e dificuldades que podem prejudicar grávidas e bebés com uma solução deste tipo.
A falta de profissionais na Saúde, há muito identificada, assenta em factores como o facto de muitos profissionais terem passado para estabelecimentos privados e em regime de parcerias público-privadas, ou a falta de rejuvescimento dos mesmos.
Catarina Martins, líder do BE, já veio dizer que este é um exemplo visível da falta do investimento necessário na Saúde.
Carla Cruz, do PCP, afirma que o partido vai chamar ao Parlamento a ARSLVT, lembrando que já no último debate quinzenal com o primeiro-ministro, Jerónimo de Sousa abordou a questão do encerramento das maternidades de Beja e Algarve devido a carência de profissionais.
Para este partido esta situação é inaceitável tendo em conta que existem «normas no Orçamento do Estado que permitem a contratação de profissionais de saúde de todas as áreas, mas particularmente de médicos».
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