Uma tomada de posse longe da pompa e circunstância habitual, face às exigências impostas pela crise sanitária que se vive e num quadro de agravamento da situação económica e social do País.
Perante os líderes das principais forças políticas, do primeiro-ministro e de anteriores presidentes, entre outras personalidades civis e militares, o Presidente da República renovou, cinco anos depois, o juramento de cumprir e fazer cumprir uma Constituição da República, cujo conteúdo consagra uma política de progresso social, de garantia e efectivação de direitos, de afirmação de Portugal como País soberano e que, em múltiplos aspectos, continua por cumprir.
A evolução mais recente da epidemia e os problemas e inquietações que suscita foram tema do discurso de tomada de posse, em que foi também sublinhado o funcionamento das instituições ao longo do último ano, nomeadamente o papel da Assembleia da República, que nunca deixou de funcionar, e a realização das eleições presidenciais.
Num discurso onde, para além da referência a uma menor previsibilidade da evolução da situação política, o Presidente sublinhou a exigência de recuperar o País no período pós-pandemia, falando de «solidariedade social» e de «coesão social», da necessidade da «redução da pobreza», da reconstrução da economia e do apoio às empresas. De fora, ficaram, no entanto, aspectos como a valorização dos salários ou os direitos dos trabalhadores.
Nesse sentido, fica a expectativa quanto ao exercício de um segundo mandato e a perspectiva de um alinhamento, eventualmente mais explícito, com os objectivos, interesses e agenda da direita, que nunca deixou de estar presente em importantes decisões adoptadas durante o seu primeiro mandato.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui