Na declaração de candidatura às eleições presidenciais que apresentou esta quinta-feira, o eurodeputado comunista dirigiu-se «a todos e a cada um, independentemente das escolhas eleitorais que fizeram no passado» e, em particular, «aos que vivem do seu trabalho, e que sentem que, com o seu empenhado esforço, poderiam viver melhor, se fosse outra, mais justa, a repartição da riqueza que criam».
João Ferreira apontou para os sérios problemas estruturais que o nosso País carrega, nomeadamente «a desvalorização do trabalho e dos trabalhadores, dos seus salários e dos seus direitos, as acentuadas desigualdades na distribuição da riqueza, em particular na distribuição do rendimento nacional entre capital e trabalho» e os «persistentes défices alimentar, energético, tecnológico e demográfico». Mas também o «continuado desinvestimento nas funções sociais do Estado» e «a desvalorização da cultura, da ciência, das artes, do património, do conhecimento e do saber».
Por fim, o candidato assumiu, por um lado, que não procura «o conforto da ambiguidade», nem navega «ao sabor do vento, para onde quer que sopre» e, por outro, que a sua candidatura «é inspirada nos que já mostraram que não se escondem, que não desertam, que não se rendem» e «nos que enfrentam a resignação e o medo, real ou imaginário» isto é, «os que lutam, até às últimas consequências, pela liberdade e pela democracia».
Marisa Matias e Ana Gomes também já tinham apresentado as suas candidaturas, na quarta e quinta-feira da passada semana, respectivamente, tendo a candidata bloquista divulgado esta semana uma primeira lista de apoiantes.
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