A digressão britânica da OJP, que inclui apresentações na Escócia – Perth e Glasgow (25 e 26 de Julho, respectivamente) –, na Inglaterra – Leeds, hoje, e Birmingham, dia 29 – e no País de Gales – Cardiff, dia 30 –, culmina a 1 de Agosto no Royal Festival Hall de Londres.
«Esta série de concertos segue-se a uma tournée em França no ano passado e a actuações na Alemanha, Itália, Jordânia, Grécia, Omã, Síria, Bahrein e Líbano, além de uma actuação de um ensemble mais pequeno da OJP (as Cordas de Palestina) nos BBC Proms de 2013», refere na sua página o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).
A OJP foi criada, em 2004, pelo Conservatório Nacional de Música Edward Said, com o propósito de reunir jovens músicos palestinianos de todo o mundo «num conjunto orquestral de alta qualidade» e «capaz de levar a públicos do mundo inteiro uma mensagem de resistência à adversidade, de esperança e de paz».
A Orquestra Juvenil da Palestina, composta por 85 músicos de toda a Palestina e da diáspora, com idades entre os 14 e os 26 anos, conta, na sua digressão britânica, com uma maioria de músicos vindos da Palestina, mas também com jovens provenientes de Israel, da Síria, do Líbano, do Egipto, da Grécia, dos EUA, da Austrália e do Reino Unido, informa o MPPM.
Sob a direcção da maestrina britânica Sian Edwards, que com ela trabalha desde 2006, a OJP apresenta um programa variado, que inclui a «Abertura Leonora n.º 3», de Beethoven, Quadros de uma Exposição, de Mussorgsky, e canções clássicas árabes. Nai Barghouti canta duas peças dos irmãos Rahbani e uma de Zakaria Ahmad.
Por um futuro melhor
Impossibilitada de ensaiar no seu conjunto na Palestina, a OJP encontrou-se e ensaiou no Conservatório Real da Escócia, em Glasgow, entre 18 e 24 de Julho. «É muito difícil viajar de uma cidade para outra e é muito difícil a orquestra ensaiar na Palestina», declarou Wissam Boustany, conselheira musical da PalMusic, a associação britânica que organiza a digressão.
Wissam Boustany esclareceu que a tournée se baseia no desejo de transmitir uma visão positiva do país. «Num país que está ainda a tentar estabelecer justiça básica e dignidade humana para si próprio, os nossos jovens músicos inspiram-nos a viver, a amar e a sonhar com um futuro melhor.»
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