«Defender os princípios tem um preço e nós, na Síria, pagámos um preço muito alto para poder preservar a nossa pátria e a independência das nossas decisões», afirmou o presidente sírio esta quarta-feira, em Damasco, referindo-se à guerra de agressão lançada contra o país árabe em 2011.
As declarações de Bashar al-Assad foram proferidas em Damasco numa recepção a dirigentes do Conselho Mundial da Paz (CMP) e da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), depois de, nos últimos dias, o CMP ter realizado na capital síria a reunião do seu Comité Executivo e ali ter organizado, conjuntamente com a FMJD, uma Missão Internacional de Solidariedade.
No final das reuniões, encontros e acções de solidariedade, promovidos ao longo de vários dias por estas organizações, com a participação de delegações de mais de 40 países, ambas emitiram um comunicado solidário com o país levantino, enaltecendo a «luta do povo sírio contra o terrorismo e o imperialismo».
No encontro de ontem, o presidente da Síria denunciou o facto de alguns países ocidentais provocarem guerras centrados na defesa dos seus «estreitos interesses».
«Para alcançarem os seus propósitos, alguns países ocidentais não hesitam em fomentar guerras recorrendo à ideologia extremista», lamentou Bashar al-Assad, lembrando que esta foi promovida por Washington desde o início dos anos 80, para afundar os povos «na ignorância e na pobreza», indica a agência SANA.
Agradecimento e reconhecimento
Al-Assad agradeceu ao CMP e à FMJD pela defesa que fizeram da Síria e pela constante solidariedade manifestada para com o povo sírio. Disse ainda que os princípios e objectivos que norteiam a acção do Conselho Mundial da Paz «podem contribuir para a criação de um mundo mais seguro e justo para as gerações futuras».
Para o chefe de Estado sírio, a importância do CMP e da FMJD reside «no apego aos seus princípios no momento de defender a verdade e de plasmar o princípio da paz, num mundo em que as políticas internacionais assentam em mentiras e no engano dos povos».
Por seu lado, a presidente do CMP, Maria do Socorro Gomes, denunciou os «crimes cometidos pelo imperialismo contra o povo sírio» e reiterou a determinação em «desmascarar perante o mundo a realidade da guerra terrorista levada a cabo contra a Síria», refere a SANA.
Na sua intervenção, o presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática, Iakos Tofari, sublinhou que a realização de reuniões deste tipo em Damasco constitui «uma clara mensagem de solidariedade com o povo sírio» e de confiança na «sua capacidade de reconstruir» o país.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui