Segundo avançou este fim-de-semana o Corriere della Sera, citado pelo Jornal de Negócios, o governante grego terá alertado «personalidades italianas com responsabilidades governativas» que, se não cederem aos ditames da Comissão Europeia, «depois será pior».
O alerta do outrora «radical» do Syriza surge após oito anos de empobrecimento do povo grego, em consequência dos programas de «resgate» que levaram à perda de soberania nacional e atacaram direitos sociais e laborais, nomeadamente o direito à greve.
O periódico italiano adianta que Tsipras pediu desculpa por não ter apoiado o governo de Giuseppe Conte na intenção de manter a proposta de orçamento que, conforme revelou o AbrilAbril, apesar do aumento do défice para 2,4% do PIB, acima dos 1,8% previstos para este ano, não prevê uma ruptura. Ao todo, Roma estima gastar apenas mais 0,5% em apoios sociais do que em 2018.
Num comício, em Janeiro de 2015, Catarina Martins falava do Syriza, «partido-irmão», como a «possibilidade de esperança de que, na Europa, se possa sorrir». Volvido este tempo é a Comissão Europeia que continua a sorrir, insistindo na manutenção de instrumentos e pressões sobre os países-alvo de programas de acompanhamento.
À margem da cimeira sobre o Brexit, ontem, a chanceler alemã Angela Merkel terá insistido com Giuseppe Conte para que revisse a proposta orçamental. Hoje, a coligação governamental entre o Movimento 5 Estrelas (M5S) e a Liga admitiu aceder ao «pedido» da Comissão e reduzir o défice previsto no Orçamento do Estado para 2019.
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