Em nota de imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) denuncia que, na passada quarta-feira, de forma ilegal, face ao direito de exercício de actividade sindical na empresa, a Luz Saúde impediu o contacto com os trabalhadores.
«Com efeito, à hora previamente marcada, os dirigentes foram recebidos por três chefes de segurança, informando que não estavam autorizados pela Luz Saúde a desenvolver a actividade sindical e que teriam de sair das instalações», afirma o CESP.
Perante a recusa, o sindicato afirma que chamou as autoridades com vista a repor a legalidade. Todavia, os agentes da PSP informaram que «apenas poderiam fazer ocorrência do sucedido, sendo portanto impossível contactar com os trabalhadores desta empresa» naquela altura.
Luz Saúde atropela direitos dos trabalhadores
Para o CESP, o grupo Luz Saúde impediu a actividade sindical porque «tem medo que os trabalhadores esclareçam e exijam os seus direitos», que não estão a ser respeitados. Entre os quais, o direito ao pagamento de subsídio mensal de turno, desde 2010, a dois dias de descanso semanal ou o acréscimo de 100% sobre o trabalho em feriado ou folga.
Além disso, o sindicato denuncia ainda que o grupo não paga o complemento de subsídio por acidente de trabalho, em que assegura a totalidade de retribuição do trabalhador, assim como faz descontos indevidos nos salários relativos a falta justificadas.
Reiterando que «a liberdade sindical conquistada pelos trabalhadores com o 25 de Abril é um direito, consagrado na Constituição e na lei, do qual não abdica», o CESP anuncia que realizará no próximo dia 13 de Fevereiro, às 10h, uma acção de denúncia aos trabalhadores e utentes do Hospital da Luz.
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