Entre 25 e 29 de Abril, os trabalhadores vidreiros de três empresas do Grupo Vidrala (Santos Barosa, Gallo Vidro e Vidrala Logistics) deram uma resposta à altura da luta a que se proposeram, afirma, em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV/CGTP-IN). Ao longo desses dias, vários turnos (estas empresas operam 24h por dia) paralisaram totalmente. «É chegado o momento de também nós, na BA Glass, afirmarmos a nossa força e aderirmos massivamente à greve pelas nossas reivindicações».
Os trabalhadores das três fábricas da BA Glass vão entrar em greve às 23h desta terça-feira, 1 de Abril, na unidade de Avintes (Porto), às 0h de dia 2 de Abril na Venda Nova (Lisboa) e às 5h da manhã na Marinha Grande. O último turno a participar na paralisação é o de dia 4 de Abril.
Esta acção de luta pretende a aplicação de aumentos salariais (150 euros), o cumprimento dos direitos consagrados no Contrato Colectivo de Trabalho, uma jornada de 35h, um prémio de calor (por exposição a altas temperaturas) de 50 euros, e o fim do «assédio, a precariedade e a desconsideração a que têm sido sujeitos» pelo patronato.
O assédio e a desconsideração não são caso único no sector vidreiro. Em comunicado enviado ao AbrilAbril, a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN) regista «comportamentos e atitudes patronais lesivas do direito de greve», situação que provocou «duas visitas inspectivas por parte da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT)», por intervenção dos sindicatos.
«Estão a ser apurados outros factos que poderão levar a procedimento judicial contra uma das empresas por colocar em causa a segurança dos equipamentos e instalações durante a greve», acrescenta a Feviccom.
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