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Cabelte: anos de abusos patronais levam à intensificação da luta

Perante «comportamentos persecutórios, discriminatórios e intimidatórios» da administração da Cabelte, em Vila Nova de Gaia, o SITE Norte/CGTP já avançou com um pedido de intervenção à ACT.

A situação, considera o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN), torna-se insustentável a partir do momento em que o patronato da Cabelte, a maior produtora nacional de cabos eléctricos e de telecomunicações, «se coloca fora da lei». Em resposta, os trabalhadores já anunciaram que as greves parciais que afectaram a empresa nos meses de Fevereiro e Março se vão prolongar até, pelo menos, ao final de Abril.

Anos de comportamentos «persecutórios, discriminatórios e intimidatórios», incluindo a recente substituição de trabalhadores em greve (uma contraordenação muito grave prevista no art.º 535 do Código do Trabalho), motivaram a entrega, por parte do sindicato, de um pedido de intervenção urgente à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), no dia 31 de Março, logo após uma concentração dinamizada por trabalhadores da Cabelte.

Entre os abusos do patronato conta-se a recusa em negociar um Acordo de Empresa com o SITE Norte e os trabalhadores da Cabelte, a «imposição de trabalho suplementar» a alguns trabalhadores, «negando-lhes folgas e tempos mínimos de descanso entre turnos», o «assédio moral» a grevistas (para além da sua substituição ilegal) e o bloqueio da «marcação das férias de 2023 aos trabalhadores em greve».

As reivindicações laborais mantêm-se para o novo período de greves (o anterior, de dois meses, fechou no dia de hoje), de 5 de Abril a 4 de Maio: «melhores salários, pela 5.ª diuturnidade (prémio de antiguidade na categoria) e para que o trabalho seja considerado como nocturno a partir das 20h».

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