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Representantes dos EUA e do Canadá negam crise humanitária na Venezuela

Membros do Conselho da Paz dos EUA e do Congresso Canadiano pela Paz estiveram vários dias na Venezuela, onde puderam verificar a realidade do país, incluindo a reacção do povo perante o apagão.

Representantes do Conselho da Paz dos EUA e do Congresso Canadiano pela Paz condenaram a ingerência da administração norte-americana na Venezuela
Créditos / @CancilleriaVE

Defensores da paz norte-americanos e canadianos sublinharam, numa conferência de imprensa que deram, esta quinta-feira, no Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros, que os órgãos de comunicação social mundiais mentem sobre a realidade da Venezuela, pois puderam verificar que no país caribenho «não existe qualquer crise humanitária».

Depois de ter tido a oportunidade de visitar a Venezuela durante vários dias, Ajamu Baraka, membro do US Peace Council, afirmou que o país sul-americano não vive uma «crise humanitária», tal como alega o presidente norte-americano, Donald Trump, tendo destacado que é «injusto que o principal violador dos Direitos Humanos» [em alusão aos EUA] se preocupe com o bem-estar dos venezuelanos, quando nos Estados Unidos morrem cerca de 30 mil pessoas como consequência de «más práticas no sistema de saúde», informa a AVN.

Condenando a ingerência da administração norte-americana na Venezuela, os membros do Conselho da Paz dos EUA e do Congresso Canadiano pela Paz afirmaram, no decorrer da conferência de imprensa, que presenciaram o apagão de 72 horas no país, na sequência da sabotagem contra o Sistema Eléctrico Nacional (SEN), e sublinharam o comportamento cívico da população «nesses dias difíceis».

«Há muita gente nos EUA que mantém um certo nível de confusão sobre as políticas da Venezuela; inclusive, há sectores que se opõem a Donald Trump mas apoiam as políticas intervencionistas contra a Venezuela, porque acreditaram nas mentiras que diz. Assim, vamos regressar ao nosso país e combater isso, tendo por base o que vivemos aqui», disse Bahman Asad, secretário de Organização do Conselho da Paz dos EUA e representante do Conselho Mundial da Paz nas Nações Unidas.

Por seu lado, o presidente do Congresso Canadiano pela Paz, Miguel Figueroa, disse que governo do seu país é cúmplice das agressões de Donald Trump à Venezuela e que não está interessado nos Direitos Humanos do povo, antes nas nas empresas mineiras e petrolíferas.

Nomeados três magistrados para investigar a sabotagem eléctrica

O Ministerio Público da Venezuela nomeou três magistrados para investigar a sabotagem ao sistema eléctrico do país perpetrada no passado dia 7 e que deixou 18 estados sem abastecimento, revelou esta quinta-feira o Procurador-Geral da República, Tarek William Saab, numa entrevista ao programa «Vladimir a la 1», do canal Globovisión.

William Saab afirmou que existem «bastantes indícios» de que a agressão contra o SEN, denunciada pelas autoridades de Caracas, foi uma sabotagem combinada de três tipos de ataques: cibernético, electromagnético e físico, indica a Prensa Latina.

Felicitando os trabalhadores da Corporación Eléctrica Nacional (Corpoelec) pelo trabalho realizado no restabelecimento do serviço, Saab afirmou que as investigações terão um carácter nacional.

Denunciou ainda a atitude de certos dirigentes da oposição venezuelana – incluindo o autoproclamado «presidente interino», Juan Guaidó –, que, recorrendo às redes sociais, instigaram a população a saquear e a atentar contra a propriedade privada.

No início desta semana, o presidente da República, Nicolás Maduro, revelou que foi criada uma comissão, dirigida pela vice-presidenta do país, Delcy Rodríguez, para investigar os factos.

Maduro anunciou ainda que, com esse propósito, a Venezuela irá pedir assistência a especialistas das Nações Unidas, Rússia, China, Irão e Cuba; e, a nível nacional, ao Ministerio Público, ao Conselho Científico Nacional e a diversos institutos do país.

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