A detenção de Roberto Marrero ocorreu na madrugada da quinta-feira passada, na sequência das acções desenvolvidas pelos serviços secretos venezuelanos, que desmantelaram uma célula terrorista responsável pelo planeamento de vários ataques armados.
Em declarações aos jornalistas, o ministro venezuelano do Interior, Justiça e Paz, Néstor Reverol, relatou que os serviço de inteligência obteram provas significativas do envolvimento de Roberto Marrero, chefe de gabinete de Juan Guaidó, com uma «célula terrorista» que planeava realizar «uma série de ataques selectivos».
O ministro do Interior venezuelano realçou que as agências de informações, com o Ministério Público, encontraram provas que evidenciam o braço-direito de Juan Guaidó como responsável directo da rede de elementos terroristas armados.
Segundo Néstor Reverol, a organização criminosa contratou «mercenários da Colômbia e da América Central», com o objectivo de realizar atentados contra líderes políticos, militares e magistrados do Tribunal Supremo de Justiça, assim como actos de sabotagem contra serviços e infraestruturas públicas com vista a semear o caos entre a população.
Durante a operação, os oficiais venezuelanos encontraram várias «armas de guerra e dinheiro em moeda estrangeira» que seria usado pelo grupo. Informam ainda que este é muito «maior» mas que estão «plenamente identificados» os restantes elementos, decorrendo de momento buscas pelas forças de segurança.
Estados Unidos e grupo de Lima retaliam
Na sequência da detenção do cabecinha, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou esta sexta-feira, em resposta ao suposto «sequestro», mais sanções económicas contra vários bancos venezuelanos.
Através do Twitter, o conhecido falcão de guerra e assessor de segurança da Casa Branca, John Bolton, afirmou que as sanções têm um objectivo claro, estrangular ainda mais o sistema financeiro venezuelano e «afectar gravemente» as tentativas de pagamentos e compra de bens por parte da Venezuela nos mercados internacionais
Por sua vez, o grupo de Lima, que integra vários países latino-americanos alinhados com o Washington, emitiu um comunicado a condenar a suposta «detenção ilegal». Em resposta, o governo Venezuelano voltou a acusar o Chile e a Colômbia de «ingerência» e de estarem abertamente a intervir nos seus assuntos internos.
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