A denúncia foi tornada pública pelo Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira (Sintaf/CGTP-IN), que já pediu a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e do Ministério do Trabalho.
Em causa está o despedimento de 17 trabalhadores da empresa GNB – Recuperação de Crédito e de um do Novo Banco. Segundo relata o sindicato numa nota, este grupo de trabalhadores foi ontem confrontado com o encerramento definitivo (lock-out) da empresa e com a transferência da actividade, «desconhecendo o seu destino».
A decisão, aclara o Sintaf, apanhou os trabalhadores e delegados sindicais de surpresa, acrescentando que os 18 visados estão a ser pressionados para abdicarem do seu posto de trabalho. «Ainda no dia 1 de Julho, a partir das 14h30, os trabalhadores foram chamados para revogarem os seus contratos de trabalho», refere.
Menos balcões e trabalhadores
O episódio dá continuidade ao chamado plano de reestruturação do Novo Banco, conforme acordo estabelecido com Bruxelas para a venda de 75% da instituição aos americanos da Lone Star.
Na curta vida do Novo Banco já foram eliminados 200 balcões e mais de 2400 trabalhadores, o que indicia que os planos do fundo abutre passam pela venda da instituição às fatias. Isto apesar dos 25% detidos pelo Fundo de Resolução, que não deixam as mãos livres à Lone Star e deveriam travar decisões como a que foi tomada ontem.
São já mais de sete mil milhões de euros injectados pelo Estado no Novo Banco, desde a resolução do BES de Ricardo Salgado, para acudir aos prejuízos recorde da instituição que chegou a ser designada por «banco bom», representando um risco para as contas públicas.
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