A comissão de utentes alerta na missiva para a importância de debater «um problema que afecta grande parte dos habitantes do distrito» de Santarém, e não só. Em causa está a utilização das auto-estradas A23 e A13, vias estruturais na região do Médio Tejo e que, alerta-se no texto, foram construídas sobre o IP6, no caso da A23, e sobre o IC3 (A13), não existindo alternativas.
«Foram apelidadas de auto-estradas e portajadas, onde cada quilómetro destas duas vias custa ao utente o dobro do que custa um quilómetro na A1», denuncia a comissão de utentes. Apesar de, acrescenta, os primeiros 42 quilómetros da A23 terem sido construídos pela antiga Junta Autónoma de Estradas (JAE), com fundos comunitários.
«O mesmo se passou com os primeiros quilómetros da A13, no sentido da Atalaia/Vila Nova da Barquinha, até aos limites do concelho de Tomar», advertem os utentes, salientando que, pelo menos nos troços indicados, «os pórticos estão ali indevidamente colocados».
Ao custo das portagens soma-se o facto de a antiga Nacional 3, no sentido Torres Novas – Abrantes, ter sido «na sua maior parte desclassificada», passando a vias urbanas e locais que agora se encontram «superlotadas» por viaturas pesadas que fogem às portagens da A23 e vão destruindo essas mesmas vias. «Na EN110, a caminho de Tomar, o problema é semelhante», lê-se no texto.
A Comissão de Utentes do Médio Tejo alerta ainda os candidatos para a ausência da ligação do IC3, de Almeirim ao Entroncamento. «É pela EN118 e pela EN243 que o numeroso trânsito de pesados, carregados de matérias perigosas que se destinam aos CIRVER [Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos] no Parque do Relvão, é obrigado a atravessar Almeirim, Alpiarça, Vale de Cavalos, Chamusca e Golegã», denuncia.
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