O poeta Gastão Cruz venceu o Prémio Nacional de Poesia António Ramos Rosa com o livro Existência, segundo anunciou a Câmara Municipal de Faro, patrocinadora do galardão.
A decisão do júri, composto pela crítica literária Helena Vasconcelos, pelo poeta e professor universitário Fernando Pinto do Amaral e pelo professor universitário da Universidade do Algarve João Minhoto Marques, foi tomada por unanimidade.
Em Existência reconheceu o júri a «excelência de uma obra perfeitamente trabalhada» que reflecte «uma profunda meditação sobre o drama existencial, sobre a vivência poética» e se dedica ao «estudo e questionamento permanente do ser poético», que «acabou por se impor» entre «um elevado número» de títulos a concurso.
O município de Faro também destacou a «notável qualidade poética» do trabalho de Gastão Cruz, que obedece à «melhor tradição moderna da poesia europeia».
Gastão Cruz segue-se assim a Fernando Echevarria, Fernando Guimarães, Nuno Júdice, João Rui de Sousa, Luís Quintais e João Luís Barreto Guimarães, vencedores das anteriores seis edições do prémio António Ramos Rosa.
«Também ensaísta, crítico literário e tradutor, além de professor e encenador, Gastão Cruz, nascido em Faro em 1941, é autor de um dos mais relevantes trajectos da poesia portuguesa contemporânea, marcado por um esforço de renovação e autonomização da linguagem poética, que também passa pela reinvenção de algumas formas clássicas, e por um particular cuidado na construção formal dos poemas e na sua articulação dentro de cada livro», enalteceu ainda o município.
O prémio António Ramos Rosa, que é atribuído bianualmente, distingue o patrono da biblioteca municipal, nascido em Faro em 1924, que foi «um vulto maior do panorama poético nacional e internacional».
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