O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS/FNAM) revela num comunicado enviado ao AbrilAbril que, «dada a situação actual de carência de recursos humanos», os clínicos afirmam que «não estão reunidas as condições para a prestação de cuidados de saúde de qualidade e com a necessária segurança, que permitam assegurar o exercício da profissão».
Estes 21 chefes de equipa referem que as equipas escaladas para o Serviço de Urgência do CHULN, onse se incluem os hospitais Pulido Valente e Santa Maria, «não cumprem os mínimos recomendados pelo Colégio da Especialidade de Medicina Interna para que seja assegurado o cumprimento das boas práticas clínicas, no período das 20h às 8h, durante os dias da semana e durante as 24 horas dos fins-de-semana e feriados, no que concerne ao número e diferenciação de médicos».
Sublinham que, não obstante «todos os esforços para obviar a que surja algum incidente e para prestar os melhores cuidados ao seu alcance», não assumem «qualquer responsabilidade pelos acidentes ou incidentes que possam verificar-se em resultado das deficientes e anómalas condições de organização do serviço causadas pela insuficiência de meios humanos».
O SMZS responsabiliza as várias administrações do CHULN pela gestão danosa de recursos humanos, mas também os sucessivos governos pela «política desastrosa» levada a cabo no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que provocou a deserção dos médicos para o sector privado e para o estrangeiro.
O sindicato apela ao Ministério da Saúde que inicie a dignificação da carreira médica, «tornando o SNS atractivo», tanto para os médicos, fora do serviço público, como para aqueles que permanecem e fazem todos os esforços para o manter como um serviço público de elevada qualidade.
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