O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP/CGTP-IN) realizou esta manhã uma acção de protesto e denúncia junto dos clientes da loja Continente/Modelo da Rechousa (Alto das Torres, Vila Nova de Gaia), exigindo a negociação do contrato colectivo de trabalho sem contrapartidas, e o respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores, nomeadamente o direito à greve.
Os trabalhadores desta loja aderiram à greve no 1.º de Maio de 2019, de forma a demonstrar a sua insatisfação pelo facto de a empresa não responder às suas reivindicações, nomeadamente a relativa ao encerramento do local de trabalho no 1.º de Maio. Esta loja de Gaia só não fechou naquela data, denuncia o sindicato, porque a Sonae substituiu ilegalmente os trabalhadores em greve com trabalhadores de outras lojas.
Muitos destes trabalhadores têm sido, desde então, vítimas de repressão, sujeitos a pressões e alvo de sanções disciplinares por aderirem à greve, acrescenta.
Com a acção de hoje, que contou com a presença do secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, os trabalhadores estiveram igualmente a denunciar «a posição intransigente» da Sonae e das empresas da grande distribuição, que querem que os funcionários «aceitem trabalhar de graça mais 180 horas por ano dando em contrapartida um aumento de 31 cêntimos por dia».
Lembrando que, nos primeiros seis meses do ano, a Sonae apresentou um resultado líquido «muito positivo», que totalizou 43 milhões de euros, um aumento de 12,5 milhões de euros em comparação com igual período em 2018, o sindicato sublinha ainda a justeza das reivindicações dos trabalhadores pelo aumento dos salários.
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