|Álvaro Siza

Siza Vieira recebe Grande Prémio de Arquitectura

A Academia de Belas Artes francesa homenageou o arquitecto português pela sua obra e o seu humanismo.

CréditosJOSÉ COELHO / Agência LUSA

O Grande Prémio de Arquitectura Charles Abella, no valor de 35 mil euros, foi atribuído a Álvaro Siza Vieira esta quarta-feira numa iniciativa onde foram exibidas imagens dos seus edifícios, entre os quais o do Pavilhão de Portugal, em Lisboa.

Laurent Petitgirard, compositor e secretário perpétuo da Academia, explicou à Lusa: «mudámos a organização e agora o prémio de arquitectura é [agora] dado em alternância, num ano é dirigido a jovens arquitectos e, no outro, é um grande prémio de consagração. E quisemos começar este sistema com um grande mestre, alguém incontestável. Álvaro Siza é incrível e tinha de ser ele. E, em comparação com outros, há uma dimensão humanista que nos fez querer premiá-lo».

No que respeita à arquitectura, existem «algumas práticas que nos inquietam, como a mercantilização dos espaços públicos, algo que nos assusta e sobre o que temos vindo a alertar». Este elemento decisivo para a atribuição do prémio a Álvaro Siza Vieira, «alguém que na sua vida não fez concessões», disse ainda Laurent Petitgirard.

Álvaro Siza Vieira, nascido em 1933, em Matosinhos, estudou Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 1949 e 1955. É autor de centenas de obras, entre os quais se destacam em Portugal as vivendas no Bairro da Malagueira, em Évora, a Faculdade de Arquitectura do Porto, o Centro Paroquial de Marco de Canavezes, o Pavilhão de Portugal da Expo'98, em Lisboa, o Pavilhão de Portugal da Expo'2000, em Hanôver (com Souto de Moura), e o Museu de Arte Contemporânea de Nápoles.

Pelo seu trabalho, já foi homenageado com o Prémio de Arquitectura da Associação Internacional de Críticos de Arte (1982), o Prémio de Arquitectura da Associação dos Arquitectos Portugueses (1987), a Medalha de Ouro de Arquitectura do Conselho Superior dos Colégios de Arquitectos de Espanha (1988), o Prémio Mies van der Rohe (1988) e o Prémio Pritzker, da Fundação Hyatt, pelo projecto de renovação na zona do Chiado, em Lisboa (1992).

Com agência Lusa

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