A inauguração ocorre no próximo dia 15 de Fevereiro, pelas 16h, e a exposição ocupará o piso 1 do museu até ao dia 24 de Maio.
Com a curadoria de Paula Loura Batista, a mostra «parte de um conjunto de obras e estudos inéditos que se encontram em depósito no Museu do Neo-Realismo e do vasto espólio artístico, predominantemente documental, sobre a vida e percurso de Rui Filipe», lê-se em nota enviada à imprensa pela entidade.
Pretende assim dar-se «enfoque à sua relação com a cultura visual neo-realista», assim como «resgatar no tempo o percurso de mais de 50 anos de criação artística nas diversas geografias que o pintor percorreu, com fortes reminiscências à terra natal, Moçambique».
Em declarações ao AbrilAbril, Paula Loura Batista explica que este trabalho visa «relembrar um artista que tem estado esquecido» e «relacioná-lo com a cultura visual neo-realista».
«Há um período em que ele se aproxima da área das questões sociais e das necessidades de melhoria das condições de vida da população e dos artistas», que, segundo a curadora, justificam que se destaque este artista.
Paula Loura Batista exemplifica que, «num periódico do final da década de 50, se encontra uma declaração de Rui Filipe na qual ele assume que, se não se conseguir melhorar as condições de vida do povo, também não se melhorará a dos artistas».
Na página oficial do Museu do Neo-Realismo, uma nota sobre a vida de Rui Filipe destaca que o «seu trabalho é profundamente intimista, e as paisagens que cria são serenas, quase incorpóreas, geradas num cromatismo de tonalidades claro-escuro».
Afirma-se ainda que as figuras que produz são «representadas de modo quase escultórico e tratadas pictoricamente com uma materialidade distinta, apresentando a mesma serenidade das paisagens, quase imaterial, com os rostos redondos de olhos escavados».
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