O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, voltou a arremeter contra Cuba e a Venezuela, assim como contra a China, o Irão e a Nicarágua, ao apresentar estes países – que se opõem às políticas imperialistas norte-americanas – como alguns dos principais responsáveis por alegadas violações de direitos humanos, num relatório apresentado esta quarta-feira.
Entre outros aspectos, Mike Pompeo tentou desacreditar a nova Constituição de Cuba, aprovada em Fevereiro de 2019, deu especial ênfase à situação na Venezuela – lançando fortes críticas ao governo do presidente eleito Nicolás Maduro – e pôs em causa a validade das últimas eleições celebradas na Nicarágua, em Janeiro de 2017, lançando acusações contra o governo liderado por Daniel Ortega.
Recorrendo à sua conta de Twitter, o chefe da diplomacia cubana, Bruno Rodríguez, respondeu à versão 2020 do relatório que a administração norte-americana apresenta anualmente – onde Cuba tem lugar cativo –, tendo acusado os Estados Unidos de serem «o maior agressor dos direitos humanos no planeta».
«Aos Estados Unidos não lhe interessam os direitos humanos em Cuba. A sua política é a de acabar com o sustento de 11 milhões de cubanos para impor um governo que responda aos seus interesses», acrescentou o ministro cubano.
Apesar do bloqueio imposto pelos EUA, a Ilha permanecerá comprometida com «a promoção e a protecção de todos os direitos humanos para todos», escreveu Rodríguez, ao mesmo tempo que denunciou que o relatório apresentado por Pompeo «carece de credibilidade» e «ignora mais uma vez as atrozes violações dos direitos humanos no mundo para atacar – com fins políticos – governos que não se submetem aos seus desígnios e defendem os seus povos».
EUA intensificam o bloqueio
O governo cubano repudiou e condenou a medida anunciada na passada terça-feira pela administração norte-americana que proíbe os voos charter a partir de qualquer ponto dos EUA com destino aos aeroportos de Cuba, excepto o de Havana.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba afirmou que, com esta medida coercitiva e unilateral, os EUA visam intensificar o bloqueio económico e financeiro que impõem à ilha caribenha.
Trata-se de uma medida que «afecta duramente as famílias cubanas e os seus laços» e que «viola os direitos humanos dos cubanos e a liberdade de viajar dos norte-americanos», denunciou Bruno Rodríguez, citado pela TeleSur.
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