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Jovens trabalhadores estão em situações (ainda mais) vulneráveis

A Interjovem denuncia que, perante o surto pandémico da Covid-19, os jovens são «os primeiros a ser mandados para casa, sem saber se vão receber no final do mês».

CGTP-IN demonstrou o seu «profundo repúdio» ao recente acordo do Governo com patrões e a UGT
CréditosMARIO CRUZ / LUSA

«Através de contratos a termo, empresas de trabalho temporário, falsos recibos verdes, os jovens trabalhadores vivem e trabalham na incerteza de um vínculo precário de trabalho», revela a Interjovem (CGTP-IN) numa nota enviada ao AbrilAbril, responsabilizando a precariedade pelas centenas de despedimentos de jovens trabalhadores.

A estrutura exige que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efectivo, bem como a revogação das «normas gravosas da legislação laboral», recordando que «muitos» destes jovens trabalhadores foram despedidos no âmbito do alargamento do período experimental de 90 para 180 dias, de acordo com a medida aprovada em Outubro de 2019 pelo Governo, com o apoio do PSD e do CDS-PP, e «cozinhada por UGT e patrões».

A Interjovem aproveita para sublinhar que, tal como a CGTP-IN denunciou então, esta e as restantes alterações ao Código do Trabalho viriam «aprofundar» e «normalizar» a precariedade, o que a realidade «veio cruelmente» confirmar.

Reforça ainda que as medidas de protecção ao emprego, preconizadas pelo Governo, «não protegem os trabalhadores com vínculos precários e em período experimental». Como tal, exige o fim dos «despedimentos selvagens», independentemente do vínculo, bem como a garantia de que os trabalhadores recebem os seus rendimentos por inteiro. 

Uma maior fiscalização contra «os atropelos do patronato» nesta crise pandémica e mais condições de saúde e segurança para os trabalhadores mais expostos são outras reivindicações da Interjovem.

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