Em declarações à Lusa no local, Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), referiu que esta vigília coincide com o segundo dia de greve dos guardas prisionais, que se queixam da «falta de diálogo» da ministra da Justiça e do director-geral dos Serviços Prisionais para solucionar problemas relacionados com a progressão na carreira, avaliação de desempenho e pré-aposentação.
«Estamos a sentir muitos obstáculos da parte da ministra da Justiça em discutir os problemas da guarda prisional», disse Jorge Alves, observando, por outro lado, que a greve tem tido uma «excelente adesão», apesar dos condicionalismos e limitações resultantes do surto epidémico de Covid-19.
Segundo o presidente do SNCGGP, na quarta-feira, dia em que houve uma vigília frente à sede da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), a adesão à greve no horário das 8h às 16h foi de 75% e hoje, até às 10h30, a adesão em boa parte dos 49 estabelecimentos prisionais rondava os 60%.
Quanto aos problemas da classe, Jorge Alves apontou a situação de guardas que já têm 19 anos de carreira e ainda se encontram no II escalão, quando em 2013 se progredia de três em três anos desde que tivessem a nota de «Bom».
O dirigente indicou ainda a situação de guardas que estão a desempenhar funções de chefia sem auferirem em conformidade com essas responsabilidades.
No local da vigília foram colocados cartazes alusivos à luta dos guardas prisionais, a maioria dos quais a apelar ao diálogo e à melhoria das condições de trabalho e segurança.
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