Fernanda Lapa, que faleceu esta quinta-feira, com 77 anos, iniciou o seu percurso artístico em 1962, no T.A.U.L. (Teatro dos Alunos Universitários de Lisboa), e foi fundadora da Casa da Comédia, onde se estreou como actriz e encenadora.
Em 1979, obteve uma bolsa da Secretaria de Estado da Cultura, que a levou a frequentar a Escola Superior de Encenação de Varsóvia. Nesta escola diplomou-se em Encenação, realizando em seguida estágios no Teatro Laboratório de Grotowski, no Teatro Contemporâneo de Wroclaw e no Teatro Stary de Cracóvia.
A partir de então, dirigiu espectáculos de teatro, teatro-dança e ópera, tornando-se numa das encenadoras mais conceituadas do País.
Ao longo da sua carreira, desenvolveu acções pedagógicas na área do Teatro e do Cinema. Foi professora catedrática convidada e directora do Conselho do Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora.
Fernanda Lapa foi dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Espectáculo durante vários mandatos, bem como do Movimento Democrático de Mulheres. Era militante do PCP desde 1978.
A criação da Escola de Mulheres, da qual era directora artística desde a sua fundação (1995), foi expressão da sua batalha pela igualdade entre mulheres e homens, no teatro e na vida. Uma batalha que remonta ao período da ditadura fascista, com grande expressão após o 25 de Abril na luta e na conquista de direitos políticos, sociais, económicos e culturais.
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