Os 60 militantes e prisioneiros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) agora punidos tinham iniciado uma greve de fome por tempo indeterminado há cinco dias, depois de terem falhado as negociações com o Serviço Prisional Israelita destinadas a pôr fim ao regime de isolamento do preso Wael al-Jaghoub, entre outros, indica o Palestinian Information Center.
Os presos da FPLP anunciaram ainda que levavam a cabo o protesto em solidariedade com o preso Maher al-Akhras, que está em greve de fome há 87 dias, em luta contra a sua detenção administrativa.
Segundo revelou a Sociedade dos Presos Palestinianos (SPP), Wael al-Jaghoub e outros prisionerios palestinianos nas cadeias israelitas também fazem tenções de se juntar a este protesto massivo, bem como o secretário-geral da FPLP, Ahmad Sa'adat.
Al-Akhras recusa ser transferido para um hospital em Jerusalém
Maher Al-Akhras, que está em greve de fome há 87 dias e em estado clínico bastante grave, recusou a proposta verbal que lhe foi feita esta terça-feira pelas autoridades israelitas no sentido de ser transferido para o Hospital Al-Makassed, em Jerusalém, de não ver a sua detenção administrativa renovada pelos sionistas e de ser libertado por estes no final de Novembro.
A Comissão para os Assuntos dos Presos e ex-Presos afirmou que as autoridades israelitas estão a tentar contornar a greve de fome de al-Akhras e que este reiterou a decisão de prosseguir a luta contra a sua detenção administrativa arbitrária e pela sua libertação imediata.
Maher al-Akhras, de 49 anos, e proveniente da cidade de Silat ad-Dhahr, perto de Jenin (Margem Ocidental ocupada), encontra-se num estado clínico delicado, ao cabo de 87 dias de jejum.
O palestiniano foi preso pelas forças israelitas, em sua casa, a 27 de Julho último e condenado a quatro meses de detenção administrativa, sem acusação nem julgamento. Trata-se da sua quinta detenção administrativa.
Há alguns dias, o Supremo Tribunal Israelita recusou-se a decretar a sua libertação imediata, pelo que al-Akhras decidiu continuar o jejum. Para protestar contra a prática da detenção administrativa, que permite a Israel manter os palestinianos na cadeia, sem acusação nem julgamento, renovando indefinidamente os períodos de detenção, os presos palestinianos têm recorrido continuamente a greves de fome por tempo indeterminado.
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