Proibidos de sair da empresa com a ameaça de processo disciplinar, os trabalhadores da Riberalves viram-se obrigados a realizar a concentração dentro da empresa, enquanto os dirigentes sindicais do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab) se encontravam no seu exterior.
A concentração foi decidida depois da empresa obstruir novamente a realização de plenário. Lembrar que esta empresa dedicada à indústria e transformação de bacalhau, no início de Setembro, já tinha sido condenada pelo Tribunal de Trabalho do Barreiro, por denúncia do Sintab e dos trabalhadores, a uma contra-ordenação muito grave, com uma coima a rondar os 33 mil euros, por obstrução a um plenário de trabalhadores realizado o ano passado.
A situação repete-se, e desta vez com a presença da ACT para tomar conta da ocorrência. Segundo um dirigente do Sintab, a empresa não recebe o sindicato, impede a realização de plenários e não permite a negociação colectiva, desrespeitando a Lei Sindical.
A não actualização dos salários (o sindicato já havia denunciado que a empresa paga na maioria o Salário Mínimo Nacional), situações que põem em causa a segurança no trabalho, a discriminação na atribuição do trabalho extraordinário, a inexistência de negociação colectiva e a obstrução à actividade sindical, foram alguns dos problemas denunciados pelos trabalhadores.
Esteve presente nesta iniciativa Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN.
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