|Cruzeiro Seixas

O «teatro das imagens» de Cruzeiro Seixas para ver em Setúbal

«Teatro das Imagens – Cruzeiro Seixas, a poética do engano», assim se intitula a exposição que está patente em Setúbal sobre um dos mais relevantes protagonistas do movimento surrealista português.

Créditos / Câmara Municipal de Setúbal

A mostra, constituída por fotografias de João Francisco Vilhena sobre o poeta e artista plástico, Cruzeiro Seixas, falecido no passado dia 8 de Novembro, reparte-se entre a Casa da Cultura e a Casa d’Avenida, até 3 de Janeiro.

Organizada pela Câmara Municipal de Setúbal, a exposição resulta de um desafio lançado em 2018 pelo próprio João Francisco Vilhena a Cruzeiro Seixas, no dia em que este completou 98 anos. 

Da série fotográfica de Vilhena, inaugurada no dia em que Cruzeiro Seixas completaria 100 anos de vida, fazem parte diversas fotografias em que o autor está «sozinho, num palco, aguardando alguém» e à sua volta estão figuras mascaradas, revela a autarquia num comunicado.

Nascido a 3 de Dezembro de 1920, Artur Manuel Rodrigues do Cruzeiro Seixas era o último dos surrealistas portugueses, movimento liderado por Mário Cesariny (1923-2006) no final dos anos 1940.

Autor de um vasto trabalho no campo do desenho e pintura, mas também na poesia e escultura, Cruzeiro Seixas gostava de se intitular «homem que pinta», porque a designação de pintor aborrecia-o.

Também em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, o Teatro Estúdio Fontenova apresenta na Sala José Afonso da Casa da Cultura, a 20 de Dezembro, uma produção teatral inspirada na obra de Cruzeiro Seixas, com o objectivo de assinalar o centenário do seu nascimento. 

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