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Governo chinês vai doar 100 mil doses de vacinas à Palestina

As 100 mil doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinopharm chegarão muito em breve aos territórios ocupados, revelou a ministra da Saúde, Mai al-Kaileh.

Carregamento com ajuda médica chinesa doada à Palestina (imagem de arquivo)
Créditos / CGTN

Em declarações à rádio Voz de Palestina, al-Kaileh anunciou que o Ministério palestiniano da Saúde irá receber nos próximos dias um lote de 100 mil doses da Sinopharm, doado pelo governo chinês, que ajudará a implementar a campanha de vacinação em massa nos territórios ocupados, noticiou a agência WAFA esta quinta-feira.

A ministra, que agradeceu ao embaixador palestiniano na China, Fariz Mehdawi, e ao seu homólogo chinês na Palestina, Guo Wei, pelos seus esforços, acrescentou que a Palestina espera igualmente receber em breve vacinas proporcionadas pela Aliança Mundial para a Vacinação e Imunização (GAVI, na sigla em inglês), que integra, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros organismos, o mecanismo Covax de acesso às vacinas.

Nas últimas semanas, al-Kaileh manteve contactos com a OMS e a ONU com o objectivo de dinamizar o esquema de vacinação na Faixa de Gaza cercada e na Cisjordânia ocupada, onde tem aumentado o número de infecções pelo SARS-CoV-2, que provoca a doença.

De acordo com a WAFA, os encontros serviram também para pressionar o mecanismo Covax a cumprir os agendamentos estipulados, uma vez que a Palestina devia ter recebido as primeiras vacinas ao abrigo desse mecanismo na segunda metade de Fevereiro e tal não se verificou.

Os responsáveis sanitários palestinianos foram ainda informados de que, em vez das 240 mil doses prometidas, iriam receber 168 mil. Al-Khaileh sublinhou que os atrasos nas entregas das vacinas significam mais sofrimento para o sector da Saúde na Palestina e mais crise económica no país.

Por seu lado, o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Shtayyeh, pediu ajuda à ONU no sentido de implementar um mecanismo de protecção para o povo árabe, tendo em conta aquilo que considera uma «onda de terror» em plena pandemia, refere a Prensa Latina.

Shtayyeh denunciou a intensificação das demolições de casas na Margem Ocidental ocupada, perpetradas por soldados israelitas, que deixaram sem tecto dezenas de famílias nos últimos meses.

Também chamou a atenção para a situação dos prisioneiros palestinianos nas cadeias israelitas, onde mais de uma centena contraíram Covid-19.

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