A decisão, tomada na última reunião da Câmara Municipal de Lisboa (CML) no presente mandato, foi anunciada no mesmo dia pelo vereador João Ferreira, que se mostrou satisfeito pela deliberação favorável da proposta dos vereadores do PCP naquele sentido.
Em publicação no seu twitter, João Ferreira referiu-se às «muitas indefinições, hesitações e justos receios, causados pelo progressivo declínio da Feira da Ladra nestes últimos anos (nomeadamente em termos de espaço e número de vendedores)» e aos «apetites imobiliários que convergem sobre aquele espaço», para a seguir elencar as principais medidas deliberadas, nomeadamente:
- a implementação das medidas necessárias à continuidade da Feira da Ladra, mantendo a sua tradição e funcionamento nos mesmos moldes e no território que actualmente ocupa;
- o lançamento de novos concursos de licenças que acompanhem o processo de desconfinamento em curso;
- a reabertura da aquisição de licenças de vendedores ocasionais (as chamadas licenças extraordinárias), simplificando o acesso às mesmas e revertendo as dificuldades que progressivamente foram afastando os vendedores ocasionais nos últimos anos;
- a melhoria do acesso a casas de banho públicas, por parte de feirantes e visitantes;
- a melhoria de condições para a tomada e largada de passageiros no entorno da feira, incluindo para táxis e veículos de animação turística.
A mais antiga e reconhecida feira da cidade
Com raízes que remontam ao século XIII, o antigo Mercado Franco de Lisboa estabeleceu-se na sua actual localização, no Campo de Santa Clara, no início do século XX (1903).
É a mais antiga e reconhecida feira da cidade e nela o visitante consegue encontrar de tudo um pouco, pela mão dos feirantes profissionais mas também pela de muitos amadores que vendem objectos de que já não precisam.
É tão popular que será difícil encontrar um lisboeta que não a tivesse visitado um dia.
Com a pandemia a Feira da Ladra encerrou, devido ao confinamento geral, com os seus feirantes a queixarem-se publicamente de serem tratados de forma discriminada relativamente a outros espaços comerciais, que tiveram regras mais ligeiras.
Desde Abril que reabriu ao público com as medidas de higiene e segurança recomendadas pela Direcção-Geral da Saúde, nomeadamente o uso obrigatório de máscara de protecção e o distanciamento social entre clientes e feirantes.
Apenas foi autorizada, até agora, a actividade dos feirantes profissionais.
O funcionamento mantém-se nos dias habituais mas com horário reduzido: às terças-feiras das 9h às 18h e aos sábados das 9h às 15h30.
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