A disputa entre Rui Rio e Paulo Rangel para liderança do Partido Social Democrata não apaga o essencial das responsabilidades políticas do PSD e do seu governo nos cortes a direitos e rendimentos, entre 2011 e 2015, e o azedume demonstrado face a medidas aprovadas como o aumento extraordinário de pensões, a gratuitidade dos manuais escolares ou a reposição de salários e feriados, que resultaram da solução política encontrada após a derrota eleitoral da coligação PSD/CDS-PP.
Rio e Rangel, separados por aspectos acessórios e pouco relevantes, procuram, nesta imensa operação de charme, branquear a imagem do PSD e recriar alguns chavões no sentido de procurar fazer crer aos portugueses que as eleições legislativas de 30 de Janeiro são para eleger o primeiro-ministro, uma falsa ideia que a comunicação social dominante tem amplificado. Aliás, as eleições de 2015 e a solução política que se lhe seguiu tornou mais claro que as eleições não são para eleger primeiros-ministros, mas sim os 230 deputado que determinarão a futura solução de governo e a sua liderança.
No fundo, independentemente do resultado, o PSD procurará determinar a continuidade de políticas que nas últimas décadas limitaram aumentos salariais e direitos dos trabalhadores, para além de favorecerem os grandes grupos económicos, nomeadamente os que actuam na área da saúde e procuram sugar o Serviço Nacional de Saúde.
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