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Num ano, Amazónia perdeu mais oito mil quilómetros quadrados de floresta

No período de governação de Bolsonaro, a destruição da floresta equivale ao território da Bélgica. Para os ambientalistas, os números expressam uma «estratégia meticulosa» do governo.

Área queimada no estado de Roraima, no Norte do Brasil 
Créditos / redebrasilatual.com.br

A Amazónia sofreu mais um período de grande destruição. Entre Agosto de 2021 e Julho de 2022, foram derrubados 8590,33 quilómetros quadrados de floresta. Trata-se da terceira maior área do histórico recente do Deter, iniciado em 2015.

Esta ferramenta do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) acompanha a desflorestação praticamente em tempo real e serve de guia para acções de fiscalização.

Os dados divulgados esta sexta-feira só ficam atrás dos que foram observados entre Agosto de 2019 e Julho de 2020 e Agosto de 2020 e Julho 2021 – o primeiro e o segundo anos com maiores áreas desmatadas, segundo o Deter.

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Alertas de desflorestação na Amazónia bateram recorde em Janeiro

Os alertas de desflorestação da Amazónia no mês passado aumentaram 420% relativamente a igual período de 2021, tendo batido o recorde desde que foi iniciado o registo.

«Rondónia é um estado pensado pela colonização. Tanto para ser corredor para a exportação de alguns produtos como a própria produção», diz Liliane, Won Ancke,n da Comissão Pastoral da Terra de Rondônia
De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, a devastação na região começou a acelerar com o discurso de Bolsonaro na campanha, em 2018 Créditos / Brasil de Fato

O primeiro mês de 2022 foi o pior Janeiro em termos de áreas afectadas por alertas de desmatamento na Amazónia desde 2015, quando teve início a série histórica realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Houve 430 quilómetros quadrados de áreas sob alerta, 420% mais do que no mesmo período do ano passado, revela o Brasil de Fato, acrescentando que, até então, o pior primeiro mês do ano registado pelo governo federal tinha sido o de 2020, com 284 quilómetros quadrados.

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Desflorestação no período de Bolsonaro é 82% superior aos anos anteriores

Os alertas de desmatamento da floresta amazónica indicaram uma área de 8426 quilómetros quadrados em 2020, o equivalente a cerca de cinco cidades de São Paulo.

Organismos oficiais verificaram um aumento de 83,9% na devastação da floresta entre Janeiro e Novembro deste ano por comparação com o mesmo período de 2018
Nos dois primeiros anos de governo de Bolsonaro aumentou a devastação da floresta amazónica Créditos / A Crítica

Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na sexta-feira passada e foram registados pelo projecto Deter-B, que indica praticamente em tempo real a localização de acções ilegais em zonas preservadas.

A área devastada na Amazónia em 2020 – 8426 quilómetros quadrados – corresponde ao segundo pior índice da série histórica do Deter, que começou a operar em 2015; só é suplantada por 2019, primeiro ano de governação de Jair Bolsonaro, em que foi desflorestada uma área de 9178 quilómetros quadrados.

Ou seja, nos dois primeiros anos do governo de Bolsonaro, a área desflorestada na Amazónia é 82% superior, em média, à dos três anos anteriores. Mesmo com a redução de 8% de 2019 para 2020, a média de área desmatada nestes dois anos é de 8802 quilómetros quadrados, bem acima da registada entre 2016 e 2018: 4844 quilómetros quadrados, informa o Portal Vermelho.


Numa nota à imprensa, o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, comentou estes dados afirmando que «Bolsonaro tem dois anos de mandato e os dois piores anos de Deter ocorreram na gestão dele». «As queimadas, tanto na Amazónia quanto no Pantanal, também cresceram por dois anos consecutivos. Não é coincidência, mas sim o resultado das políticas de destruição ambiental implementadas pelo actual governo», sublinhou.

Já no início de Dezembro, quando veio a público que a devastação da Amazónia batia recordes no Brasil, o Observatório dirigiu duras críticas ao governo brasileiro, tendo emitido uma nota em que denunciava que os números cumprem «um projeto bem-sucedido de aniquilação da capacidade do Estado Brasileiro e dos órgãos de fiscalização de cuidar de nossas florestas e combater o crime na Amazónia».

Por seu lado, Rômulo Batista, porta-voz da Campanha Amazônia da Greenpeace, disse que aquilo a que se tem assistido nos últimos dois anos é um desmantelamento de «todas as políticas e conquistas ambientais feitas desde a redemocratização do país».

Em entrevista ao Brasil de Fato, afirmou que «Bolsonaro vê o meio ambiente como um entrave económico» e que tanto ele como os seus ministros «apostam na abertura de terras indígenas para mineração e no desmatamento para o aumento da produção agrícola».

Destacou que o «desmatamento não traz riqueza» e lembrou que a «ciência aponta que a Amazónia está muito próxima de um ponto de "não retorno" também chamado de ponto de "inflexão", que é quando a floresta perde a capacidade da sua automanutenção».

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Dos oito estados incluídos na chamada Amazónia Legal, Mato Grosso foi o que apresentou o pior resultado, com 147 quilómetros quadrados de áreas sob alerta. Seguiram-se Rondónia (116), Pará (67), Amazonas (44), Acre (9) e Maranhão (2). Os estados de Tocantins e Amapá não tiveram registos neste período.

Os alertas de desflorestação, explica o portal brasileiro, são realizados pelo Sistema Deter – Detecção de Desmatamento em Tempo Real, que aponta as ocorrências de perda de cobertura vegetal, mas sem produzir dados oficiais. O responsável pelos números oficiais é o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).

Menos fiscalização, mais desflorestação

Tendo por base imagens de satélite, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) estima que a desflorestação na região amazónica acumulada em 2021 tenha sido superior de 10 mil quilómetros quadrados, 29% mais do que em 2020.

Outro estudo, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), analisou o período entre Agosto de 2018 e Julho de 2021, tendo concluído que a desflorestação cresceu 56,6% em comparação com igual período do triénio anterior (2015-2018), atingindo 32 740 quilómetros quadrados – uma área maior do que a Bélgica.

De acordo com o Ipam, a devastação começou a acelerar no segundo semestre de 2018, como consequência do discurso de campanha de Jair Bolsonaro, favorável ao desmantelamento da fiscalização ambiental, a que o então candidato à presidência chamou «indústria da multa no campo».

A influência da impunidade contribuiu para aumentar as infracções ambientais nesta zona, concluiu um estudo feito por sete investigadores de universidades e institutos.

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«Os novos números deixam ainda mais consolidados os patamares altíssimos de desmatamento alcançados durante o governo Jair Bolsonaro», refere o portal amazonasatual.com.br, sublinhando que, desde o início, a sua governação ficou marcada por «recordes de derrubada de floresta».

Com excepção do mês de Dezembro, todos os recordes de desflorestação registados nos outros meses do ano pelo sistema Deter ocorreram durante a governação de Bolsonaro.

Só no ciclo mais recente (de Agosto de 2021 a Julho de 2022), cinco meses apresentam os números mais elevados de destruição alguma vez registados para aqueles meses: Outubro (876,56 km²), Janeiro (430,44 km²), Fevereiro (198,67 km²), Abril (1026,35 km²) e Junho (1120,2 km²), refere a fonte.

Tendo em conta dados do Deter, desde o início do governo de Jair Bolsonaro, em 2019, já foram derrubados mais de 31 mil quilómetros quadrados de floresta na Amazónia. Isto equivale, aproximadamente, a 720 quilómetros quadrados de floresta derrubada mensalmente, em média. No total, a área é maior do que a Bélgica.

Táctica de destruição do governo federal

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A Amazónia já não é o pulmão do mundo

A floresta tropical da Amazónia, no Brasil, passou a emitir mais dióxido de carbono do que aquele que consegue absorver. É a primeira vez, desde que há registos, que esta situação se verifica.

Uma foto divulgada pelo Greenpeace mostra fumo dos incêndios florestais no estado do Pará, Altamira, Brasil. 26 de Agosto de 2019.
CréditosVictor Moriyama

As conclusões do artigo publicado ontem na revista científica Nature são categóricas: Os incêndios e queimadas que destroem, todos os anos, milhares de hectares da floresta tropical, muitas provocadas deliberadamente com o objectivo de libertar terreno para a exploração agrícola ou pecuária, assim como o abate de árvores, roubou à Amazónia a sua qualidade respiratória.

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Amazónia perdeu quase 100 hectares de floresta por hora em 2020

Ambientalistas sublinham que o «crime» é «incentivado pela redução da fiscalização» e directamente pelas autoridades, ao proporem legislação no sentido oposto ao controlo da destruição ambiental.

Queimada no estado de Rondónia, em 2020 
CréditosBruno Kelly / Amazônia Real

«A cada hora, a Amazónia brasileira perdeu 96 hectares da sua cobertura florestal no ano de 2020. Ao fim de um dia, foram desmatados 2309 hectares. Nesse ritmo, ao terminar de ler esta reportagem, o equivalente a 32 campos de futebol da floresta amazónica terão sido devastados», lê-se no portal Amazônia Real, que se refere aos dados divulgados na passada sexta-feira pela MapBiomas.

Em 2020, ano marcado pelos efeitos da pandemia da Covid-19, o desmatamento da maior floresta tropical do mundo aumentou 9% em relação a 2019. De cada dez hectares desflorestados no Brasil, seis tiveram lugar na Amazónia, com a devastação a atingir os 842 983 hectares.

Para o Amazônia Real, o governo de Bolsonaro levou a sério o «passar a boiada» (actualizar/flexibilizar normas, no caso, para o avanço do agronegócio) defendido pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que é investigado por crime ambiental e enriquecimento ilícito.

O segundo Relatório Anual do Desmatamento 2020, elaborado pelo MapBiomas, mostra que, no Brasil, entre Janeiro e Dezembro, foram emitidos 74 218 alertas de desmatamento para uma área superior a 1,3 milhão de hectares. Por comparação com 2019, o aumento da área abrangida foi de 14%.

A MapBiomas, iniciativa que integra diversas entidades dedicadas a estudos e acções de protecção ambiental, verificou que 99% de todo o desmatamento do país sul-americano ocorreu de forma ilegal, ou seja, sem a devida autorização dos órgãos ambientais. Nem mesmo áreas protegidas, como unidades de conservação e terras indígenas, escaparam da acção dos prevaricadores.

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Desflorestação no período de Bolsonaro é 82% superior aos anos anteriores

Os alertas de desmatamento da floresta amazónica indicaram uma área de 8426 quilómetros quadrados em 2020, o equivalente a cerca de cinco cidades de São Paulo.

Organismos oficiais verificaram um aumento de 83,9% na devastação da floresta entre Janeiro e Novembro deste ano por comparação com o mesmo período de 2018
Nos dois primeiros anos de governo de Bolsonaro aumentou a devastação da floresta amazónica Créditos / A Crítica

Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na sexta-feira passada e foram registados pelo projecto Deter-B, que indica praticamente em tempo real a localização de acções ilegais em zonas preservadas.

A área devastada na Amazónia em 2020 – 8426 quilómetros quadrados – corresponde ao segundo pior índice da série histórica do Deter, que começou a operar em 2015; só é suplantada por 2019, primeiro ano de governação de Jair Bolsonaro, em que foi desflorestada uma área de 9178 quilómetros quadrados.

Ou seja, nos dois primeiros anos do governo de Bolsonaro, a área desflorestada na Amazónia é 82% superior, em média, à dos três anos anteriores. Mesmo com a redução de 8% de 2019 para 2020, a média de área desmatada nestes dois anos é de 8802 quilómetros quadrados, bem acima da registada entre 2016 e 2018: 4844 quilómetros quadrados, informa o Portal Vermelho.


Numa nota à imprensa, o secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, comentou estes dados afirmando que «Bolsonaro tem dois anos de mandato e os dois piores anos de Deter ocorreram na gestão dele». «As queimadas, tanto na Amazónia quanto no Pantanal, também cresceram por dois anos consecutivos. Não é coincidência, mas sim o resultado das políticas de destruição ambiental implementadas pelo actual governo», sublinhou.

Já no início de Dezembro, quando veio a público que a devastação da Amazónia batia recordes no Brasil, o Observatório dirigiu duras críticas ao governo brasileiro, tendo emitido uma nota em que denunciava que os números cumprem «um projeto bem-sucedido de aniquilação da capacidade do Estado Brasileiro e dos órgãos de fiscalização de cuidar de nossas florestas e combater o crime na Amazónia».

Por seu lado, Rômulo Batista, porta-voz da Campanha Amazônia da Greenpeace, disse que aquilo a que se tem assistido nos últimos dois anos é um desmantelamento de «todas as políticas e conquistas ambientais feitas desde a redemocratização do país».

Em entrevista ao Brasil de Fato, afirmou que «Bolsonaro vê o meio ambiente como um entrave económico» e que tanto ele como os seus ministros «apostam na abertura de terras indígenas para mineração e no desmatamento para o aumento da produção agrícola».

Destacou que o «desmatamento não traz riqueza» e lembrou que a «ciência aponta que a Amazónia está muito próxima de um ponto de "não retorno" também chamado de ponto de "inflexão", que é quando a floresta perde a capacidade da sua automanutenção».

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Marcos Reis Rosa, doutor em Geografia pela Universidade de São Paulo, afirma que, tendo em conta as informações disponíveis em bancos de dados como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), é possível identificar o autor em qualquer desmatamento ocorrido no Brasil. Dos mais de 5,5 milhões de imóveis rurais cadastrados no Brasil, sublinha, houve registo de desflorestação em apenas 0,99%.

«Só um por cento teve desmatamento, o que bastou para fazer este estrago não só ao meio ambiente mas também à nossa imagem lá fora. Mas é este 1% que faz barulho, que tem representantes no Congresso, que está lá para fazer lei para ampliar o desmatamento, lei para amnistiar ocupação ilegal», disse Rosa, um dos autores do relatório da MapBiomas, em entrevista à Amazônia Real.

«O crime não pára»

Líder de Conversão Zero do WWF-Brasil – um dos parceiros institucionais da MapBiomas –, Frederico Machado avalia que a fragilidade dos trabalhos de fiscalização em campo por causa da pandemia foi apenas mais uma oportunidade encontrada para o avanço da desflorestação.

«O crime não pára. É até incentivado pela redução da fiscalização. Por falas das nossas autoridades, propondo legislação no sentido oposto ao controle da destruição ambiental. Há o desmantelamento das nossas agências ambientais. Isso tudo é muito grave, e a pandemia foi mais um momento de oportunidade», disse Machado.

Entre os cinco biomas brasileiros, a Amazónia concentrou 60,9% da área desmatada no país em 2020. Segue-se o Cerrado (31%), a Caatinga (4,4%), o Pantanal e a Mata Atlântica, ambos com 1,7%, e o Pampa (0,1%).

Entre os 27 estados da federação, os que compõem a Amazónia Legal lideram o ranking do desmatamento. Só no Pará, registou-se mais de um quarto (26,4%) da desflorestação detectada em todo o país.

Seguem-se Mato Grosso (12,9%), Maranhão (12,1%), Amazonas (9,2%) e Rondónia (8,3%). Tanto Mato Grosso quanto o Maranhão integram outros biomas – Cerrado e Pantanal, no primeiro caso, e Cerrado, no segundo.

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A desflorestação funciona como um efeito dominó, repercutindo-se no que resta da floresta. O estudo demonstra que em qualquer área em que, por queimada ou abate, se verifique uma percentagem de desflorestação superior a 30%, toda a floresta circundante perde a sua capacidade de absorver CO2.

A recolha de dados decorreu entre 2010 e 2018, utilizando pequenos aviões, de duas em duas semanas, para recolher mais de 600 amostras a uma altitude de 4500 metros. A investigação constatou que a pegada carbónica da floresta é de 1.5 biliões de toneladas, das quais só um terço volta a ser reabsorvida pela Amazónia. Esta quantidade de poluição é equivalente à produzida pelo Japão, o quinto maior poluente.

A destruição de floresta está directamente relacionada com o aumento da temperatura na área e, consequentemente, o agravar das situações de seca, mais severa e com mais consequências na vida vegetal e animal.

Outro estudo, dinamizado por um conjunto alargado de cientistas e publicado em Abril, recolheu dados sobre a capacidade de absorção de dióxido de carbono em 300 mil árvores da Amazónia, ao longo de 30 anos, tendo chegado a conclusões em tudo semelhantes, mesmo partindo de um método de recolha de dados totalmente diferente. O estudo demonstra que, só na última década, a floresta reduziu em 20% a sua capacidade de retenção de CO2.

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«É mais um número que estarrece, mas não surpreende: o desmatamento fora de controle na Amazônia resulta de uma estratégia meticulosa e muito bem implementada de Bolsonaro e seus generais para desmontar a governança socioambiental no Brasil», disse o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, citado pela Rede Brasil Atual.

O Observatório do Clima referiu-se também com preocupação ao asfaltamento da BR-319, estrada que corta o maior bloco de florestas intactas da Amazónia – que teve a licença prévia concedida no final de Julho – como algo que contribuiu para o aumento da desflorestação.

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