|França

Franceses novamente nas ruas contra a reforma das pensões

França viveu, esta terça-feira, a 14.ª jornada de mobilização contra a reforma das pensões, na antevéspera de um eventual debate sobre um projecto de lei para revogar o aumento legal da idade da reforma.

Manifestação em Bordéus contra a reforma das pensões, a 6 de Junho de 2023 
CréditosLaurent Theillet / sudouest.fr

A 14.ª jornada nacional de mobilizações no espaço de cinco meses contra a reforma aprovada por Macron levou milhares de pessoas para as ruas de França – 900 mil, de acordo com os sindicatos, 300 mil das quais em Paris.

Além da capital, também foram palco de mobilizações cidades como Lyon, Rennes, Toulouse, Nantes, Bordéus, Caen ou Marselha, no contexto de uma jornada em que estavam previstas cerca de 250 acções.

A rejeição da norma que aumenta a idade legal da reforma dos 62 para os 64 anos tornou-se mais intensa depois de o presidente da República, Emmanuel Macron, ter decidido recorrer, em Março último, ao artigo 49.3 da Constituição, que permite fazer avançar projectos sem aprovação parlamentar.

|

Franceses mantêm-se nas ruas contra a reforma das pensões

Mesmo com a maior parte do país a gozar as férias escolares de Inverno, 1,3 milhão de pessoas vieram para as ruas na quinta jornada de mobilização e greves contra a reforma, segundo a CGT.

Mais de 50 mil pessoas manifestaram-se contra a reformas das pensões em Albi, no Sul de França, a 16 de Fevereiro de 2023 
CréditosCharly Triballeau / la-croix.com

A jornada nacional de mobilização desta quinta-feira, convocada pela Intersindical, segue-se às realizadas a 19 e 31 de Janeiro, e a 7 e 11 de Fevereiro contra o projecto do governo que prolonga a idade legal de reforma dos 62 para os 64 anos.

De acordo com a Confederação Geral do Trabalho (CGT), manifestaram a sua oposição à reforma, que está a ser debatida na Assembleia Nacional, 1,3 milhão de pessoas – com 300 mil a desfilarem entre as praças da Bastilha e de Itália, em Paris.

|

Em França, multidões nas ruas contra a reforma das pensões

Enquanto o governo francês anunciava mais canhões para a guerra e relia a sebenta do «trabalhar mais anos para aguentar o sistema», nas ruas as contas saíam furadas, com uma mobilização recorde – segundo a Polícia.

Manifestação em Paris, na Praça de Itália, a 31 de Janeiro de 2023 
CréditosAlain Jocard / Le Monde

A jornada de mobilização de dia 19, igualmente convocada pelas estruturas que integram a Intersindical, já tinha sido enorme, com mais de dois milhões de pessoas nas ruas – de acordo com os sindicatos (mais de um milhão, segundo a Polícia).

Esta terça-feira, os números da Polícia, que são por norma inferiores aos dos sindicatos, apontam para mais de 1,2 milhão de pessoas nas ruas – um recorde sem comparação desde 1995, refere o Le Monde.

Antes, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) já tinha avançado que a jornada de mobilização e greves contra a reforma das pensões mobilizou 2,8 milhões de pessoas por toda a França.

Imagem aérea da enorme manifestação em Paris / CGT

Só em Paris, manifestaram-se meio milhão de pessoas (87 mil de acordo com a Polícia), numa marcha entre a Praça de Itália e os Inválidos em que se viram balões gigantes, faixas e cartazes a dar expressão à grande rejeição que o projecto de reforma do governo, que altera a idade legal de reforma dos 62 para os 64 anos, suscita no país.

Foram muitas as críticas ao governo da primeira-ministra Élisabeth Borne e do presidente Emmanuel Macron, acusados de arrogância e provocação por nos últimos dias, às portas da jornada de mobilização, terem insistido que a reforma «já não é negociável» e que se trata de algo «indispensável para salvar o nosso sistema».

A este propósito o secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, destacando o tom provocador, disse que já estavam em curso consultas às organizações de base sobre novas acções a seguir para dar combate ao projecto, que começa a ser discutido na próxima segunda-feira na Assembleia Nacional.

Contas furadas nas ruas

Várias vozes no executivo francês – e a imprensa que as acompanha – têm atacado o movimento de contestação a uma reforma que aumenta o período de contribuições para 43 anos (para se ter a reforma por inteiro) e elimina regimes especiais de pensões. Por vezes, fazem-no com o pau, ameaçando os grevistas e as greves; outras vezes, fazem-no com a língua, adocicada, a dizer que, com o tempo, de forma inevitável, os franceses irão compreender e aceitar a reforma.

O sindicalismo de classe, combativo e organizado, é um grande escolho para estes planos do neoliberalismo disposto a sacrificar o povo e os povos, e a alimentar os negócios (também o da guerra, com canhões César) – ainda mais quando até se consegue mobilizar de forma unitária, junto a centrais sindicais que nem costumam andar pelas mesmas avenidas, como é o caso da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT).

Manifestação em Paris // Julien Mattia / francebleu.fr

Animado com a força das ruas, ontem ao fim do dia, o movimento sindical unitário anunciou mais duas datas de mobilização e greve – 7 e 11 de Fevereiro –, sublinhando que «nada justifica uma reforma tão injusta e brutal».

As forças sindicais apelam à realização de jornadas de luta ainda mais massivas que a de ontem, que mobilizou 205 mil pessoas em Marselha (40 mil de acordo com a Polícia), 80 mil em Toulouse (34 mil segundo a Polícia), 75 mil em Bordéus (16 500), 70 mil em Lille (15 mil), 65 mil em Nantes (28 mil) e 50 mil em Saint-Étienne (9200).

Em Lyon, manifestaram-se 45 mil pessoas (25 mil segundo a Polícia), em Grenoble 40 mil (20 mil de acordo com a Polícia), em Le Havre também 40 mil (12 mil), em Limoges 38 mil (9500), 37 500 em Clermont-Ferrand (17 mil), 30 mil em Rennes (23 mil) e 30 mil em Montpellier (25 mil), e por aí fora.

Além das manifestações, o dia ficou marcado, em França, por greves, que tiveram maior impacto nos transportes, na energia, na educação e na função pública.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Outras grandes mobilizações tiveram lugar em cidades como Marselha (90 mil pessoas, segundo os sindicatos), Toulouse (65 mil), Lille (40 mil), Bordéus (30 mil), Le Havre (29 mil), Lyon (20 mil), entre outras.

Albi, no Sul, também foi palco de uma grade manifestação (cerca de 50 mil pessoas), onde, para variar, desfilaram os dirigentes das oito estruturas que integram a Intersindical. Ali, destacaram o «êxito» da quinta jornada de mobilização, bem como «a determinação e a combatividade intactas» dos manifestantes.

Mesmo reconhecendo uma menor participação no contexto das férias escolares, Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, destacou a resposta do sector privado à convocatória e afirmou que os deputados – a quem os sindicatos se dirigiram esta semana, excepto aos de extrema-direita – não podem ficar indiferentes «quando há tanta gente nas ruas a protestar».

Tudo aponta para que esta seja a última jornada nacional de manifestações antes da greve geral marcada para 7 de Março, com a qual a Intersindical espera parar o país. De acordo com uma sondagem recente, mais de dois terços dos franceses responsabilizam o governo pela paralisação e 72% dos trabalhadores apoiam-na.

|

Mais de um milhão respondem nas ruas à reforma de Macron

O «não» à reforma das pensões foi também claro nas ruas de França, esta quinta-feira. Até os números do Ministério do Interior apontam para uma grande jornada de mobilização: 1,2 milhão de pessoas nas ruas.

Manifestação em Paris 
CréditosAlain Jocard / sudouest.fr

Os números do Ministério são, como é habitual, mais baixos. A Confederação Geral do Trabalho (CGT) afirma que esta primeira jornada de mobilização contra a reforma das pensões envolveu mais de dois milhões de manifestantes em toda a França, 400 mil dos quais em Paris.

As sondagens diziam-no e, no caso, a mobilização confirmou-o: o projecto de reforma das pensões anunciado a 10 de Janeiro pela primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, que aumenta a idade legal da reforma dos 62 para os 64 anos e alarga o período de contribuições para 43 anos, não tem grande apoio dos franceses.

Manifestação em Bordéus // Thierry David / sudouest.fr

De Calais a Nice, o «não» ficou patente em mais de 200 manifestações a nível nacional. Mesmo os números divulgados pelas autoridades dão a noção da «importância» das mobilizações: 36 mil manifestantes em Toulouse, 26 mil em Marselha (140 mil, segundo os organizadores), 25 mil em Nantes, 23 mil em Lyon, 19 mil em Clermont-Ferrand, 16 mil em Bordéus (60 mil, de acordo com os organizadores), 15 mil em Montpellier e por aí fora.

Grande mobilização em Paris

Paris, como é costume, foi o palco da maior manifestação – uma concentração gigantesca de pessoas (400 mil, segundo a CGT) partiu da Praça da República num desfile em que se viam balões gigantes, bandeiras dos sindicatos e faixas contra o projecto do governo.

Pela primeira vez em mais de uma década, oito organizações sindicais juntaram-se no apelo à mobilização, incluindo a CGT e a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT).

Em declarações à imprensa, recolhidas pelo portal sudouest.fr no começo da manifestação, o líder da CFDT, Laurent Berger, congratulou-se com a dimensão das mobilizações, que «ultrapassa aquilo que pensávamos» e «é a demonstração de que os trabalhadores, e de forma mais ampla os cidadãos, não querem a passagem da idade legal para os 64 anos».

A jornada de mobilização desta quinta-feira esteve ao nível das maiores de Dezembro de 2019, segundo os organizadores / @FonsiLoaiza

Por seu lado, Philippe Martinez, secretário-geral da CGT, que se referiu à jornada de luta como um «êxito», afirmou que a «convocatória unitária deu confiança aos trabalhadores» e estimou então, com base na resposta dada em várias cidades, que a marca de um milhão de pessoas nas ruas fosse ultrapassada.

Além de Martinez e outros dirigentes sindicais, mobilizaram-se ao lado dos trabalhadores, em Paris, figuras políticas como o secretário nacional do Partido Comunista, Fabien Roussel, o primeiro secretário do Partido Socialista, Olivier Faure, a líder de bancada de A França Insubmissa (LFI) na Assembleia Nacional, Mathilde Panot, e a deputada ecologista Sandrine Rousseau.

Acções futuras

Jean-Luc Mélenchon, ex-dirigente do LFI e ex-candidato à Presidência da República, manifestou-se contra o projecto de reforma em Marselha, onde afirmou que Macron «perdeu a primeira batalha».

No que respeita a acções futuras, Philippe Martinez disse, durante a manifestação na capital, que as manifestações e as greves iam continuar, caso o governo não travasse a reforma.

|

Sindicatos franceses anunciam mobilizações contra a reforma das pensões

Oito sindicatos franceses convocaram para dia 19 de Janeiro uma jornada de mobilização e greve contra a reforma das pensões apresentada pelo governo, sublinhando que se trata do ponto de partida.

Mobilização contra a refoma das pensões em Dezembro de 2019 
Créditos / eurotopics.net

O apelo à mobilização foi feito poucas horas depois de a primeira-ministra, Élisabeth Borne, ter apresentado oficialmente o projecto de lei, na terça-feira. À Confederação Geral do Trabalho (CGT), FO, Solidaires, FSU, entre outros, junta-se desta vez a Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT).

Esta união, no âmbito sindical, de organizações que muitas vezes não participam nas mesmas mobilizações – como ocorre com a CGT e a CFDT – espelha a ampla rejeição que o projecto do governo francês tem merecido, com os inquéritos a referirem que três em cada quatro franceses se opõem ao aumento da idade da reforma dos actuais 62 anos para os 64 anos, e ao alargamento do período de contribuições.

Na apresentação oficial, Borne justificou o projecto, que será discutido dia 23 em Conselho de Ministros e em Fevereiro na Assembleia Nacional, com argumentos económicos, considerando a reforma indispensável para dar «equilíbrio e sustentabilidade» ao sistema.

A grande maioria dos franceses opõe-se a este projecto e, segundo os dados agora divulgados pelo instituto Elabe, 60% apoiam as mobilizações convocadas pelo movimento sindical.

|

Maioria dos franceses rejeita aumento da idade da reforma

Três em cada quatro franceses não concordam com o aumento da idade da reforma, que é um dos pontos em destaque no projecto de reforma das pensões promovido pelo governo, revela um inquérito.

Centenas de nilhares de trabalhadores manifestaram-se contra a reforma das pensões do governo de Macron
Centenas de milhares de pessoas manifestam-se contra a reforma das pensões de Macron em Dezembro de 2019 Créditos / France24

De acordo com um inquérito realizado pelo instituto Elabe para o canal BFM TV, apenas 27% dos inquiridos apoiam a tese governamental de que, em França, é preciso trabalhar mais anos.

Destes, 18% apoiam o aumento da idade legal da reforma dos actuais 62 anos para os 64, enquanto 9% apoiam o prolongamento até aos 65 – que era a ideia inicial do projecto.

Os detalhes da reforma das pensões devem ser apresentados pelo governo francês no próximo dia 10 – prevendo-se que o projecto seja apresentado em Conselho de Ministros no dia 23, para começar a ser debatido na Assembleia Nacional no início de Fevereiro.

No entanto, as grandes linhas que orientam a iniciativa governamental são já conhecidas: aumento da idade legal da reforma dos actuais 62 anos para os 65 anos (até 2031).

Em declarações à France Info, na terça-feira, a primeira-ministra, Elisabeth Borne, disse que «os 65 não são um totem» e que há outras vias a ser estudadas, nomeadamente a passagem dos 62 para os 64 anos, mas estando isto sujeito a um aumento progressivo do período de contribuição.

Neste caso, para receber a reforma por inteiro, seria necessário ter trabalhado 43 anos.

Ampla rejeição

A pesquisa ontem divulgada indica que 47% dos inquiridos defendem que a idade de reforma se deve manter nos 62 anos e que 25% consideram que os trabalhadores se devem reformar mais cedo.

|

Protestos contra a reforma das pensões em França mantêm-se há 2 meses

Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se em várias cidades francesas, esta quinta-feira, no âmbito da nona jornada de protestos contra o projecto de reforma das pensões de Macron.

Milhares de pessoas voltaram a manifestar-se nas ruas de França contra a reforma das pensões de Macron
Créditos / liberation.fr

Os protestos contra a reforma do sistema público de pensões voltaram a sentir-se ontem em França, onde a plataforma intersindical que integra a CGT, a Força Operária, a Federação Sindical Unitária e os Solidários, entre outros, convocou uma nova jornada nacional de mobilização – a nona, depois das realizadas em 5, 10 e 17 de Dezembro, e em 9, 11, 16, 24 e 29 de Janeiro.

Tal como em ocasiões anteriores, houve elevada participação de trabalhadores de diversos sectores, de estudantes e reformados, com o apoio de partidos políticos. Também se voltou a sentir uma forte presença policial nas ruas e a registar a habitual divergência entre os números de manifestantes divulgados pelo Ministério do Interior e pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), nomeadamente no que respeita a Paris – com a primeira fonte a referir que estiveram nas ruas 15 mil pessoas e a segunda, 130 mil.

Greve com menor incidência nos transportes, maior noutros sectores

A greve contra o projecto de reforma das pensões, iniciada a 5 de Dezembro, chegou a ter grande impacto nos transportes públicos, mas nas últimas semanas a situação neste sector regressou quase à normalidade.

No entanto, o protesto ganhou maior dimensão entre outros sectores profissionais que se opõem à reforma, como os advogados, os controladores de tráfego aéreo e os trabalhadores da estiva, das refinarias, das estações de tratamento de lixo, entre outros.


Entretanto, na Assembleia Nacional, o controverso projecto que pretende impor um sistema único de pensões enfrenta milhares de emendas ao texto, apresentadas por diversos deputados, naquilo que foi designado como frente de luta parlamentar.

No entanto, um representante da plataforma sindical que mais activamente tem lutado contra a reforma – que convocou para 20 de Fevereiro nova jornada de mobilização – disse à imprensa que o debate na Assembleia «não trouxe nada de novo» aos trabalhadores e que a «convicção» destes é «mais forte a cada dia que passa», uma vez que «não se pode melhorar um projecto» como este.

«Determinação intacta»

Num comunicado ontem emitido, esta plataforma destaca que «os plenários se multiplicam nos locais de trabalho, nas escolas e nas universidades, apesar de todas as pressões», e afirma que «a rejeição da reforma e a determinação de alcançar a sua retirada estão intactas e se propagam».

A CGT, a Força Operária, a Federação Sindical Unitária, os Solidários e outros sindicatos continuam a contar com o apoio da maioria da sociedade francesa na oposição ao sistema universal de pensões, entendendo que prejudica os interesses dos trabalhadores e pensionistas, e favorece os interesses dos bancos, das seguradoras e dos fundos de pensões.

Apesar de o executivo francês afirmar que se trata de um sistema mais justo do que o que está em vigor, a CGT acusa Macron de querer impor aos franceses uma reforma das pensões «à custa da democracia».

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Na mensagem de fim de ano, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a reforma das pensões será concretizada em 2023 e defendeu-a como uma necessidade para trazer equilíbrio ao sistema.

Recorde-se que Macron já tentou avançar com uma versão da reforma das pensões no seu primeiro mandato (2017-2022), mas viu-se forçado a adiá-la devido ao surgimento da pandemia de Covid-19 e à forte contestação nas ruas e nos locais de trabalho, com grandes manifestações e greves em Dezembro de 2019 e nos dois primeiros meses do ano seguinte.

Partidos de esquerda e sindicatos – até os que não se costumam dar mal no Eliseu – estão contra o aumento da idade da reforma e já anunciaram mobilizações.

No seu portal, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) apresenta um dossiê sobre o tema, no qual afirma que já está mobilizada e sublinha que a versão de 2023 é ainda «mais dura do que a que foi abortada em 2020».

A central sindical de classe, que defende a visão anti-liberal de que os reformados têm direito a gozar uma nova etapa da vida, alerta que, caso seja aprovada, a reforma será mais rapidamente desfavorável aos trabalhadores e irá acelerar a diminuição das pensões.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Entrevistado pela BFMTV, Frédéric Souillot, secretário-geral da Force Ouvrière (FO), deixou clara a intenção de organizar uma «mobilização massiva» e o secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, disse que, «se forem os trabalhadores a decidir, a França irá parar».

Numa petição que os oito sindicatos puseram a circular contra «esta reforma injusta e brutal», afirma-se que «esta medida é injustificada: o relatório do Conselho de Orientação das Pensões (COR) indica claramente que o sistema das pensões não está em perigo. Não há emergência financeira».

«Este projecto governamental nada tem de necessidade económica, é a escolha da injustiça e do retrocesso social», acrescenta o texto, defendendo que o reforço do sistema de pensões «requer medidas de progresso e de distribuição da riqueza».

Do lado do governo, Olivier Dussopt, ministro do Trabalho, disse à RTL que os sindicatos se «podem manifestar o que quiserem» e que o governo deve convencer a população da «necessidade» e da «justiça» desta reforma.

De modo ainda mais desafiante, o porta-voz do governo, Olivier Véran, disse à France Info que «não tem medo» das manifestações, sublinhando a necessidade de trabalhar mais anos.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Ao fim da tarde, os oito sindicatos reuniram-se e, não vendo sinais de mudança da parte do governo, decidiram apelar à realização de iniciativas, nas escolas e nos locais de trabalho, no próximo dia 23 de Janeiro, quando o projecto de reforma é apresentado em Conselho de Ministros.

Decidiram ainda convocar uma nova jornada de greves e manifestações para dia 31 de Janeiro, tendo afirmado que «estão unidos e determinados a fazer com que este projecto de reforma das pensões seja retirado», refere a France Info.

Ao longo do dia, devido à greve convocada, registaram-se fortes perturbações nos transportes (sobretudo no Metro e na ferrovia), bem como nos sectores da Energia e da Educação, com os sindicatos a apontarem para níveis elevados de adesão nas refinarias, nas escolas do ensino primário e secundário.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Entretanto, as estruturas que integram a Intersindical já afirmaram que se vai assistir a uma «escalada» nas acções de luta, caso o executivo de Macron decida levar por diante o projecto de reforma das pensões, que é também contestado por aumentar o período de contribuições e por eliminar os regimes especiais de pensões até agora existentes.

Em comunicado subsequente à jornada de mobilização desta quinta-feira, a CGT anunciou o «endurecimento» do movimento luta, que passa, nomeadamente, por mobilizar e convencer os indecisos a participar, pela organização de debates e pela realização de plenários nos locais de trabalho.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Desde então, Macron tem insistido na necessidade da medida com o argumento conhecido de evitar o colapso do sistema de pensões, estimando que a reforma aprovada por decreto traga 18 mil milhões de euros ao país nos próximos anos.

No entanto, sindicatos e demais opositores à medida apontam que a reforma prejudica os trabalhadores mais pobres e insistem na necessidade de aumentar os impostos às empresas e aos mais ricos.

«Não nos damos por vencidos»

De acordo com a imprensa francesa, houve perturbações nalguns aeroportos e nos serviços ferroviários, com alguns voos e viagens de comboio cancelados.

Para Laurent Berger, dirigente sindical da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), «o sindicalismo voltou». «Voltou às ruas, às empresas, aos números de trabalhadores filiados», destacou, referindo-se às mobilizações que têm tido lugar em França desde meados de Janeiro.

Por seu lado, Joël Garnier, delegado sindical da Confederação Geral do Trabalho (CGT), sublinhou a necessidade de continuar a insistir na questão da revogação da reforma aprovada.

«Por trás, está a política de austeridade, estão as agências de rating que mantêm o nosso AA, mas na condição de continuarmos a atacar os serviços públicos, a segurança social. É por isso que estamos em greve e não nos damos por vencidos», afirmou, citado pela France 24.

«O jogo não acabou»

O teor da reforma e o modo como foi aprovada, antes de ser promulgada por Macron, em Abril último, levou milhões de trabalhadores franceses para as ruas.

|

Revolta e mobilização em França: governo aprova a reforma por decreto

O executivo não deixou que a Assembleia Nacional votasse a reforma das pensões, activando o artigo 49.3. Seguiram-se críticas da parte de dirigentes sindicais e políticos, e muitos protestos nas ruas.

Manifestação em Paris, a 16 de Março de 2023 
Créditos / laprovence.com

O presidente francês, Emmanuel Macron, autorizou esta quinta-feira o executivo de Élisabeth Borne a recorrer ao artigo 49.3 da Constituição, que permite fazer avançar projectos sem aprovação parlamentar.

O projecto de reforma das pensões, muito contestado, ainda foi votado de manhã no Senado, onde, como era esperado, foi aprovado por grande maioria (193 votos a favor e 114 contra). Mas já não chegou a ser submetido à votação dos deputados da Assembleia Nacional.

|

França: oitava jornada de mobilização em dois meses contra a reforma das pensões

As ruas, avenidas e praças de França voltaram a encher-se de manifestantes que contestam o projecto do governo, num dia em que a comissão mista chegou a acordo sobre o texto a ser votado.

Manifestação contra a reforma das pensões, em Paris, a 15 de Março de 2023 
CréditosThomas Samson / francetvinfo.fr

De acordo com a Confederação Geral do Trabalho (CGT), um dos sindicatos que integram a Intersindical, esta quarta-feira vieram para as ruas 1,7 milhão de pessoas, 450 mil das quais em Paris. Os números do Ministério do Interior são, como sempre, bastante mais baixos.

Em Marselha, mobilizaram-se 160 mil pessoas, também segundo a CGT, que deu conta de muitas outras manifestações – como em Toulouse (90 mil pessoas), Bordéus (50 mil), Le Havre (30 mil), Limoges (25 mil), Lyon (22 mil) ou Caen (20 mil). 

Nelas, os participantes condenaram a insistência do governo francês e do presidente da República, Emmanuel Macron, de levar por diante a reforma das pensões, ignorando a ampla oposição popular expressa nas ruas desde 19 de Janeiro e em sondagens repetidas.

Tal como nas jornadas de luta de 19 e 31 de Janeiro, 7, 11 e 16 de Fevereiro, e 7 e 11 de Março, os manifestantes exibiram múltiplas faixas e cartazes a expressar revolta, sobretudo contra a exigência de que tenham de trabalhar mais anos.

Faixa da Intersindical / @lacgtcommunique

De acordo com a imprensa francesa, o ambiente nas ruas, esta quarta-feira, foi mais tenso, tendo em conta que se aproxima uma eventual aprovação do projecto contestado, também por implicar o aumento do período de contribuições e a eliminação de regimes especiais de reforma.

Artigo «antidemocrático» na berlinda

Enquanto, decorriam os protestos pelo país fora, na capital uma comissão mista de sete senadores e sete deputados chegou a acordo sobre o texto a ser votado esta quinta-feira, primeiro no Senado, dominado pelos conservadores, e depois na Assembleia Nacional, onde Macron já não conta com maioria absoluta.

Uma possibilidade muito discutida nos últimos dias é a de o governo poder recorrer ao artigo 49.3 da Constituição (que lhe permite aprovar projectos sem o voto parlamentar), no caso de percepcionar que a reforma não passa na Assembleia.

|

França: sexta jornada de protestos contra a reforma das pensões foi a maior

«Recusamos que nos tirem dois anos de vida», afirmou a CGT numa declaração a apelar à participação na jornada de luta desta terça-feira, que mobilizou cerca de 3,5 milhões de pessoas em todo o país.

Manifestação em Paris 
Créditos / actu.fr

Só em Paris manifestaram-se 700 mil pessoas, de acordo com a Confederação Geral do Trabalho (CGT), que nunca tinha avançado com um número tão elevado de manifestantes na capital – a contagem mais alta do sindicato dizia respeito à mobilização de 19 de Janeiro, com 500 mil pessoas nas ruas.

Depois das jornadas de mobilização de 19 e 31 de Janeiro e de 7, 11 e 16 de Fevereiro contra a reforma das pensões de Macron e Borne, a aposta do movimento sindical unitário passava por aumentar a pressão e paralisar o país numa jornada de greve geral que, em diversos sectores, vai continuar (nomeadamente na ferrovia e na energia).

Ao aumento da idade legal da reforma dos 62 para os 64 anos, à eliminação dos regimes especiais e ao aumento do período de cotização, os sindicatos responderam com aquilo a que chamaram o «endurecimento da luta», afirmando que não aceitam o «roubo de dois anos de vida» e uma reforma que vai no caminho oposto ao da igualdade e penaliza bastante as mulheres, que já recebem pensões 40% inferiores às dos homens.

As empresas de transportes SCNF e RAPT deram contam de «fortes perturbações» nos serviços, que também se fizeram sentir no Metro e nos comboios suburbanos parisienses. Educação, energia, distribuição de combustível e recolha de lixo foram áreas onde também teve impacto a greve geral em França, que, segundo referiu o secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, só se manteve porque o governo teima em ignorar a rejeição do projecto.

Estudantes na manifestação em Paris contra a reforma das pensões // Cha Gonzalez / Libération

«Ninguém pode dizer que a paralisação não foi evitada, porque nós avisámos que a íamos fazer caso o executivo continuasse a não ouvir as reivindicações dos sindicatos», disse Martinez à Franceinfo no âmbito da greve geral.

Por seu lado, Laurent Berger, secretário-geral da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), mostrou-se confiante em que a jornada de mobilização fosse «imensa», sublinhando que não pode haver reforma das pensões sem o apoio dos trabalhadores.

Estavam previstas entre 250 e 300 manifestações em todo o país contra o projecto que está a ser estudado actualmente no Senado e que o ministro do Trabalho, Olivier Dussopt, esta tarde voltou a defender na Assembleia Nacional.

A manifestação em Paris foi gigantesca, mas outras houve com grande dimensão, nomeadamente em Marselha, onde, de acordo com os sindicatos, se mobilizaram 245 mil pessoas. Em Toulouse, foram 120 mil, em Bordéus e Lille, 100 mil.

Outras grandes manifestações tiveram lugar em Nantes (75 mil pessoas), Grenoble (53 mil), Saint-Étienne e Lyon (50 mil), Le Havre (45 mil), Rennes (40 mil), Orléans (37 mil), Clermont-Ferrand e Caen (33 mil), Brest, Perpignan e Nice (30 mil) ou Lorient (25 mil).

Trabalhadores alertam para penosidade e riscos de prolongar o tempo de trabalho

Em Saint-Brieuc, na Bretanha, manifestaram-se cerca de 20 mil pessoas. Duas delas, Patrick Evain, de 57 anos, e Didier Delourme, de 55, trabalham numa fábrica em Kermené, filial agroalimentar do grupo Leclerc, e são sindicalizados na CGT.

Mulheres manifestam-se contra a reforma das pensões // Nicolas Tucat / Le Monde

Ao Le Monde, disseram: «Se o governo quer falar sobre dificuldades no trabalho, que venha aos nossos matadouros.» E falaram dos turnos às 4h da manhã, dos intervalos diários de 20 minutos, dos movimentos repetitivos que provocam problemas musculoesqueléticos, do barulho… «Aos 50 anos, o corpo está moído. Os trabalhadores do agroalimentar não podem durar até aos 64 anos», frisaram.

Em Paris, Samantha, uma maquinista de 38 anos da SNCF na Gare de Lyon, tem horários escalonados, e o nível de concentração que lhe é exigido desgasta a sua saúde. Ao Libération disse: «Uma estupidez da nossa parte pode custar a vida a milhares de pessoas», referindo-se ao acidente mortal ocorrido na Grécia.

Por isso, preocupa-se. De três em três anos, tem de fazer um exame médico exaustivo (electrocardiograma, teste de urina, da visão, etc.). Se não passar, o trabalho de maquinista acaba. E os bónus acabam. «Perderia metade do meu salário», diz. Se agora passa no «limite-limite», como vai ser com mais de 60 anos, pondera.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Phillipe Martinez, secretário-geral da CGT, e outros dirigentes sindicais exortaram o executivo a ouvir as exigências dos sindicatos e da maioria da população, sublinhando que o recurso ao 49.3 irá aumentar o mal-estar.

Apesar de reconhecer que esse artigo está na Constituição, Martinez disse que usá-lo seria impor a reforma à força, uma «manobra afastada de atitudes democráticas».

Intersindical pede aos deputados que rejeitem este projecto de lei

Por via de um comunicado lido esta quarta-feira por Benoît Teste, secretário-geral da FSU, a Intersindical «apela solenemente aos deputados que votem conta o projecto de lei» de reforma das pensões.

«Essa rejeição estaria de acordo com a vontade geral que foi amplamente expressa no debate público», afirma o texto divulgado pelo Le Monde.

Na ocasião, ficou-se ainda a saber que os dirigentes dos oito principais sindicatos franceses vão dar uma conferência de imprensa esta quinta-feira, às 12h30, em frente à Assembleia Nacional, para tentar influenciar o voto.

Os sindicatos acusam o governo francês de ter utilizado «todos os artifícios constitucionais para limitar os debates parlamentares», considerando que se trata de uma «negação da democracia», «indigna e perigosa», bem como de «um desprezo pela expressão amplamente maioritária da população e da democracia social.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Ali, a primeira-ministra, Élisabeth Borne, anunciou que o governo iria aprovar a reforma recorrendo «por responsabilidade» ao referido artigo da Constituição. «Não se pode correr o risco de brincar com o futuro das pensões, esta reforma é necessária», disse Borne na Câmara Baixa, depois de Macron a ter autorizado a recorrer ao 49.3.

De imediato, foram anunciadas duas moções de censura contra o governo, que não conta com o apoio da maioria na Assembleia Nacional, e sucederam-se as declarações de repúdio pela manobra do governo.

O secretário nacional do Partido Comunista Francês, Fabien Roussel, afirmou que a decisão governamental é «uma vergonha para a democracia», enquanto o deputado ecologista Julien Bayou a definiu como «um fracasso», indica a Prensa Latina.

Por seu lado, o líder de A França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon, considerou que a reforma das pensões aprovada por decreto carece de legitimidade parlamentar e representa «o colapso da minoria presidencial».

Os principais dirigentes sindicais também expressaram o seu repúdio. Philippe Martinez, secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), defendeu que «o recurso à força com a utilização do 49.3 deve encontrar uma resposta à altura do desprezo pelo povo. As mobilizações e as greves têm de ampliar-se».

Trabalhadores em protesto em Calais / @lacgtcommunique

Já o secretário-geral da Confederação Francesa Democrática do Trabalho (CFDT), Laurent Berger, destacou a ausência de maioria da parte do governo para aprovar o aumento da idade legal da reforma. «O compromisso político fracassou. São os trabalhadores que têm de ser ouvidos», defendeu.

Revoltas, muitos protestos, detenções e anúncios de novas jornadas de mobilização

Após o anúncio de Borne na Assembleia Nacional, centenas de pessoas começaram a juntar-se na Praça na Concórdia, em Paris. Seguiram-se muitos protestos, confrontos e cargas policiais – na capital e noutras cidades do país. Mais de 300 pessoas foram detidas durante a noite, de acordo com o Ministério do Interior, esta manhã.

Entretanto, reunida ontem ao início da noite na sede da CGT, a Intersindical convocou uma nova jornada de mobilização contra a reforma das pensões para o próximo dia 23 – a nona, depois das realizadas a 19 e 31 de Janeiro, 7, 11 e 16 de Fevereiro, e 7, 11 e 15 deste mês.

Em comunicado, os sindicatos denunciam a aprovação «pela força» do projecto e dizem «aferir com gravidade a responsabilidade que o executivo detém na crise social e política resultante desta decisão», que classificam como «uma verdadeira negação da democracia».

No seu portal, a CGT sublinha que aquilo que «denunciava ontem como injusto o é ainda mais hoje» e que «isso só nos pode encorajar a intensificar as mobilizações e greves».

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Jean-Luc Mélenchon, ex-candidato à Presidência da República, afirmou que «o jogo não acabou», lembrando que se avizinha o debate no Parlamento com vista a revogar a reforma. «Vamos levá-lo até ao último minuto, até ao último segundo», frisou, em alusão à proposta apresentada pelos deputados do LIOT, que procura repor a idade legal de reforma nos 62 anos.

Em comunicado ontem emitido, a CGT apela às instituições para que o projecto de lei possa ser votado, sob pena de se «aprofundar ainda mais a crise democrática» e de abrir as portas «a uma crise institucional».

Também afirma que, se governo e patronato continuarem a não ouvir as exigências dos trabalhadores, a luta vai prosseguir.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui