Miguel Bombarda apontado para acolher centro de pessoas sem abrigo

Os eleitos comunistas na Câmara Municipal de Lisboa querem saber «que soluções estão previstas para acolher» o Centro de Acolhimento para pessoas em situação de sem abrigo (CAEM), instalado no Quartel de Santa Bárbara, e as «50 instituições do sector cultural e social instaladas no Quartel do Cabeço da Bola, que equivale a cerca de 150 postos de trabalho, ambos com data de saída marcada para o dia 30 de Setembro deste ano».

A pergunta deu o mote a um requerimento dirigido a Carlos Moedas, no qual solicitam esclarecimentos sobre as diligências efectuadas sobre a transferência do CAEM e que a soluções existem para as estruturas da área cultural e social que deixarão o Quartel do Cabeço da Bola no final do próximo mês. 

No entanto, os vereadores João Ferreira e Ana Jara revelam num comunicado que nas intervenções sobre o tema têm vindo a ter em conta «um conjunto edificado entre todos os disponíveis, que é o Hospital Miguel Bombarda», propriedade da Estamo (gestora de imóveis públicos), para o qual a Direcção Municipal do Urbanismo (DMU) da Câmara Municipal de Lisboa concebeu, em 2021, «um projecto do maior interesse para o Município».

Realçam que o projecto para o Hospital Miguel Bombarda nunca foi votado em reunião de Câmara, pelo que não foi deliberada a sua aprovação, mas consideram que a autarquia poderá ter neste espaço a resolução do problema do CAEM e Quartel. É um projecto, acrescentam, «que pode ser directamente ajustado às necessidades e interesses deste momento da cidade, tanto para uma resolução temporária como definitiva das duas respostas de interesse comunitário e público».

Entretanto, alertam para a necessidade de se encontrar «rapidamente» uma solução para o CAEM e de realojamento das 50 entidades do sector social e cultural, tendo em conta que o Quartel do Cabeço da Bola «acolhe várias estruturas que foram já despejadas dos seus espaços de trabalho, a maioria sem alternativa para arrendar espaço em Lisboa».